Repórter
Publicado em 16 de setembro de 2025 às 17h59.
Última atualização em 16 de setembro de 2025 às 18h22.
A Anvisa proibiu a venda de todos os lotes do azeite da marca Los Nobles. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira, 16
Na internet, o produto é apresentado como argentino. Segundo a vigilância sanitária, porém, o azeite é clandestino e não tem aprovação da Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia da Argentina.
Além da Los Nobles, o governo federal, com ações da Anvisa e do Ministério da Agricultura, já proibiu outras 20 marcas de azeite desde o início do ano.
Veja as marcas que foram proibidas ou tiveram lotes vetados em 2025:
A Anvisa alerta que, caso o consumidor possua algum desses produtos em casa, deve procurar o estabelecimento onde adquiriu para realizar a troca. A agência recomenda ainda que os consumidores desconfiem de preços muito abaixo da média de mercado, além de verificar se a empresa está devidamente registrada no Ministério da Agricultura.
A espanhola Deoleo, maior produtora mundial de azeite de oliva, informou que o setor começa a se recuperar depois de enfrentar dois anos consecutivos de baixa na produção e forte pressão sobre os preços. O cenário atual é resultado direto de uma colheita abundante registrada na Safra 2024/2025, principalmente na Espanha, maior produtora da commodity.
De acordo com dados do Ministério da Agricultura da Espanha, o país produziu 1,41 milhão de toneladas de azeite de oliva neste ciclo — um aumento de aproximadamente 65% em relação às 855,6 mil toneladas da safra anterior. Apesar de o volume ter ficado abaixo do inicialmente previsto, foi suficiente para restaurar a confiança no setor e provocar uma queda nos preços tanto no atacado quanto no varejo.
Segundo a Deoleo, os preços da matéria-prima caíram cerca de 50% em relação ao ano anterior, efeito direto do aumento da oferta. "A recuperação significativa da colheita de azeite — principalmente na Espanha — já está se traduzindo em condições de fornecimento mais estáveis, e isso está tendo um impacto direto nos preços na origem", afirmou o CEO da empresa, Cristóbal Valdés, em declaração à CNBC.