Apesar do volume, a produção de bovinos caiu 0,2% em relação a 2023 (SXC.Hu/Thinkstock)
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Publicado em 23 de setembro de 2025 às 05h41.
O Brasil encerrou 2024 com 238,2 milhões de bovinos, número 12% superior à população estimada do país no mesmo ano, de 212,5 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do volume, a produção de bovinos caiu 0,2% em relação a 2023, reflexo do ciclo pecuário e do aumento no abate de fêmeas. O município de São Félix do Xingu, no Pará, mantém o maior rebanho do país, com 2.519.911.
O rebanho de galináceos — que inclui frangos e galinhas — somou 1,6 bilhão de aves, quase oito vezes o número de habitantes do Brasil. O resultado representou alta de 1,7% frente a 2023, equivalente a 26,8 milhões de animais adicionais.
O destaque foi o rebanho de galinhas, que chegou a 277,5 milhões, alta de 6,8% em um ano. Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, lidera a produção e é considerada a “capital do ovo”, com 14.856.690.
Na produção de ovos, o país alcançou 64,8 bilhões de unidades (5,4 bilhões de dúzias), o que representa cerca de 305 ovos por habitante. O resultado foi recorde da série histórica, com crescimento em 24 das 27 unidades da federação.
A produção de leite de vaca atingiu 35,7 bilhões de litros em 2024, o maior volume já registrado, mesmo com a queda no número de vacas ordenhadas ao menor nível desde 1979. A alta de produtividade fez o setor movimentar R$ 87,5 bilhões.
O rebanho de suínos somou 43,9 milhões de cabeças. Entre os caprinos, houve avanço de 3,1%, chegando a 13,3 milhões de animais — novo recorde. Já os ovinos totalizaram 21,9 milhões, cerca de uma ovelha para cada 10 brasileiros.
O levantamento também apontou recorde na produção de mel, com 67,3 milhões de quilos.
Na aquicultura, que reúne a criação de peixes e camarões em cativeiro, foram produzidas 724,9 mil toneladas. A tilápia respondeu por cerca de 70% do total.