EXAME Agro

Camex mantém tarifa sobre importação de fertilizante isenta

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que pleiteava a medida, pediu que o tema fosse retirado de pauta

 (Pixabay/Reprodução)

(Pixabay/Reprodução)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 17 de outubro de 2024 às 15h00.

Última atualização em 18 de outubro de 2024 às 13h58.

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) retirou de pauta nesta quinta-feira, 17, o pedido da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) para elevar a tarifa de importação do nitrato de amônio de 0% para 15%.

Pela manhã, a Abiquim encaminhou um ofício ao órgão solicitando a retirada do pleito. Dessa forma, a tarifa se manteve em 0%.

Na semana passada, a Associação Misturadores de Adubo do Brasil (AMA Brasil), que representa mais de 60 misturadores de fertilizantes no país, divulgou uma nota se posicionando contra o pedido da Abiquim.

Segundo a entidade, a taxação da importação de um produto atualmente isento elevaria o custo da matéria-prima para a produção de fertilizantes nitrogenados no Brasil, que depende de importações para 85% do consumo anual de 1,5 milhão de toneladas dessa matéria-prima.

Na avaliação da AMA Brasil, o acesso a produtos importados pelo sistema portuário brasileiro oferece uma vantagem competitiva, graças à "distribuição racional", que garante maior agilidade e economia no processo de entrega dos insumos para todo o território agrícola do país.

A associação alertou que a imposição de uma tarifa "resultaria exclusivamente em impactos econômicos negativos para o agricultor".

O nitrato de amônio, um fertilizante amplamente utilizado nas culturas de cana-de-açúcar e café, seria um dos produtos mais afetados, destacou a entidade.

As entregas de fertilizantes no Brasil recuaram 1,8% no primeiro semestre de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA).

Acompanhe tudo sobre:AgriculturaFertilizantesMDIC

Mais de EXAME Agro

Sem tarifa, café do Vietnã pode invadir EUA e Brasil perder espaço

Japão está perto de abrir mercado para carne brasileira, diz Fávaro

EUA não terá alívio na safra atual, mesmo com compras da China

Greenlight, dos EUA, submete no Brasil primeiro bioinsumo à base de RNA