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Cultivo de avocado vira alternativa para produtores de café e laranja no Paraná

Projeto do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná incentiva o plantio da fruta na região norte do estado

Produto de exportação: Avocado é menor que o abacate e tem preço até 100% maior  (Divulgação)

Produto de exportação: Avocado é menor que o abacate e tem preço até 100% maior (Divulgação)

Agência o Globo
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Publicado em 27 de maio de 2025 às 07h45.

Última atualização em 27 de maio de 2025 às 07h46.

O cultivo de café e laranja tem dado prejuízo a agricultores do norte do Paraná e muitos decidiram apostar no abacate hass, ou simplesmente avocado. A cultura virou opção de renda para os produtores, que destinam toda a colheita ao exterior.

A fruta, que tem casca grossa verde-escura e pesa entre 200 e 350 gramas — ou seja, menor do que o abacate tradicional —, adaptou-se bem ao clima da região. O aumento do cultivo tem o apoio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), que criou um projeto em que dá orientações sobre as exigências do mercado internacional.

— A cultura é interessante. Por ser um produto para exportação, tem um mercado bem maior do que as outras variedades de abacate — conta o produtor Edson Gudi, de Cornélio Procópio, que integra a Cooperativa dos Fruticultores de Nova América da Colina e região (Nova Citrus) e reúne 20 produtores de avocado da região.

O preço do avocado é entre 50% e 100% superior ao do abacate tropical, e a produção do hass foi de 80 toneladas na última safra, da qual participaram produtores de quatro municípios da região. A expectativa, segundo Gudi, é que a produção alcance 150 toneladas em 2027.

Há algumas semanas, Gudi eliminou o último pedaço da plantação de laranja que ainda mantinha para destinar toda a área da propriedade ao avocado. Ele plantou os primeiros pés da fruta em 2020. Os pomares levam três anos para entrar em produção.
O agricultor Cláudio Koguissi, do município de Assaí, implantou o avocado em áreas que tinham laranja e café e começou a produzir em 2020 e afirma estar satisfeito com os resultados.
Para o agrônomo Mauro Tofanelli, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pesquisador que se dedica a estudos sobre o abacate, a produção deve ganhar espaço no Brasil por que o consumo do fruto no mundo tem grande potencial de crescimento.
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