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De carne de pato a etanol de milho: China abre cinco novos mercados para produtos do agro brasileiro

Anúncio acontece durante comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no país asiático

 (Ricardo Stuckert/Divulgação)

(Ricardo Stuckert/Divulgação)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 13 de maio de 2025 às 11h55.

Última atualização em 13 de maio de 2025 às 12h01.

O Brasil anunciou nesta terça-feira, 13, que a China abriu cinco novos mercados para produtos do agronegócio brasileiro. O anúncio acontece durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático.

Segundo nota emitida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os novos mercados são para a exportação de carne de pato, carne de peru, miúdos de frango (coração, fígado e moela), grãos derivados da indústria do etanol de milho (DDG e DDGs) e farelo de amendoim.

“Cinco produtos foram abertos para o nosso agronegócio, somando-se aos pescados, abertos no final de abril. Um impacto estimado em aproximadamente US$ 20 bilhões”, afirmou Luis Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, em nota.

Com essa autorização, o agronegócio brasileiro alcança a 62ª abertura de mercado em 2025, totalizando 362 novas oportunidades de negócios desde o início de 2023.

Além das aberturas, foi assinado um Memorando de Entendimento (MoU) entre o Mapa e a Administração Geral de Aduanas da China (GACC, na sigla em inglês), focado em medidas sanitárias e fitossanitárias.

A iniciativa, segundo o Mapa, visa proteger a saúde humana, animal e vegetal, além de aumentar a segurança dos alimentos comercializados entre Brasil e China.

Investimento de US$ 1 bilhão em SAF

Na segunda-feira, 12, o Palácio do Planalto anunciou que a empresa chinesa Envision investirá US$ 1 bilhão na produção de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês) a partir da cana-de-açúcar no Brasil.

Além do investimento, o Planalto anunciou a criação de um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em parceria entre a Windey Technology e o Senai Cimatec, com foco em energia renovável.

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