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EUA impõe tarifa de 17% ao tomate fresco importado do México

Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, promete se mobilizar para reduzir as consequências da decisão de Washington

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Publicado em 14 de julho de 2025 às 20h50.

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Os Estados Unidos vai impor tarifas de 17% sobre a maioria dos tomates frescos importados do México, informou nesta segunda-feira, 14, o Departamento de Comércio, após cancelar um acordo que evitava taxas antidumping sobre esse produto.

"O México continua sendo um dos nossos maiores aliados, mas por muito tempo nossos agricultores foram prejudicados por práticas comerciais desleais que derrubam os preços de produtos como os tomates. Isso acaba hoje", declarou o secretário de Comércio, Howard Lutnick, em comunicado.

Em 15 de abril, o Departamento de Comércio anunciou que estava se retirando dentro de 90 dias do Acordo de 2019 para Suspender a Investigação Antidumping sobre Tomates Frescos do México.

Esse acordo permite que os produtores mexicanos exportem tomates, conhecidos em algumas regiões como jitomate, para seu vizinho do norte sem pagar direitos antidumping.

Washington advertiu então que, a partir de 14 de julho, aplicaria uma sobretaxa “de 20,91% sobre a maioria das importações de tomate do México”, mas no final a sobretaxa permanece em 17%.

Noventa por cento dos tomates importados pelos Estados Unidos vêm do México, disse o Ministro da Agricultura do México, Julio Berdegué, em abril.

A presidente mexicana Claudia Sheinbaum promete se mobilizar para reduzir as consequências da decisão de Washington.

"Estamos trabalhando lado a lado para minimizar os efeitos. Essas são decisões tomadas pelos Estados Unidos. É muito difícil parar de exportar tomates para os Estados Unidos porque a produção nacional não é suficiente para atender à demanda", disse Sheinbaum em sua entrevista coletiva pela manhã.

Ela não entrou em detalhes sobre como seu governo ajudará o governo dos EUA no futuro, mas disse que seria muito difícil parar de exportar tomates para os EUA.

O México é um dos países mais vulneráveis às tarifas dos Estados Unidos, já que 80% de suas exportações têm como destino o mercado americano, graças ao acordo de livre comércio T-MEC.

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