(Freepik)
Repórter
Publicado em 16 de maio de 2025 às 11h30.
Última atualização em 16 de maio de 2025 às 14h36.
O consumo de ovos e carne de frango não está associado à transmissão da gripe aviária. A contaminação em humanos, segundo especialistas, ocorre ao tocar aves infectadas ou suas secreções, como saliva, muco e fezes.
Nesta sexta-feira, 16, o governo brasileiro confirmou o caso da doença em uma granja comercial. Isso levou a China, o maior importador da proteína para o mercado brasileiro, a pausar a importação de frango.
A casca do ovo serve como uma boa barreira contra o vírus, segundo um estudo publicado no American Journal of Infection Control, o que torna improvável a transmissão da doença pelo consumo, especialmente quando estes são bem cozidos.
O consumo de carne de frango também não é um risco para seres humanos. Segundo um estudo publicado na Scielo que analisou quinze pacientes hospitalizados por infecção pelo vírus H5N1, atividades relacionadas à preparação ou consumo de carne de frango não representam fatores de risco relevantes para a contaminação.
Segundo a pesquisa, os poros presentes são pequenos demais para permitir a passagem do vírus H5N1, que tem tamanho maior. Essa característica protege o interior do ovo contra contaminação viral.
Apesar do vírus poder estar presente na superfície da casca por até três ou quatro dias após a infecção das aves, não há evidências que comprovem transmissão vertical — da ave para o ovo — nem casos de infecção humana via consumo de ovos ou carne de aves devidamente preparados, cozidos ou congelados.
Informações recentes do Ministério da Agricultura do Brasil e da Organização Mundial da Saúde (OMS) corroboram as pesquisas, afirmando não haver registros de casos de gripe aviária transmitidos por meio do consumo de carne de aves ou ovos devidamente preparados.
O maior risco para os humanos vem da exposição a aves doentes ou mortas. Também inclui o contato com superfícies contaminadas.
A grupe aviária é uma doença infecciosa. Ela é causada pelo vírus influenza A. Essa doença afeta aves, tanto as domésticas quanto as silvestres.
O vírus se espalha por contato direto ou indireto com secreções respiratórias, fezes e fluidos de aves doentes. Isso pode levar a sintomas respiratórios, hemorragias e problemas nervosos. A mortalidade nas aves é alta, e a produção de ovos cai.
Em raras ocasiões, o vírus pode infectar mamíferos, como os humanos. Isso geralmente acontece por contato direto com aves contaminadas.
O vírus influenza aviária tem origem em aves aquáticas silvestres, que são reservatórios naturais.
O primeiro surto em aves domésticas ocorreu em 1918. A infecção em humanos foi identificada pela primeira vez em 1997.
A transmissão acontece principalmente por contato direto entre aves infectadas. Isso inclui aerossóis, fezes e fluidos corporais.
Também pode ocorrer ao tocar ambientes contaminados.
No entanto, a transmissão entre humanos é extremamente rara.
O vírus está presente em aves aquáticas silvestres, como patos e gansos.
Elas são reservatórios naturais do vírus.
Também pode ser encontrado em aves domésticas, como galinhas e perus, que são muito suscetíveis.
A aves infectadas podem mostrar sintomas respiratórios, como tosse e espirros.
Também podem ter secreção nasal, hemorragias e sinais nervosos. A mortalidade é alta, e a produção de ovos cai.
É importante avisar as autoridades de saúde logo.
Isso ajuda a tomar medidas de controle, como isolamento e vigilância.
Se necessário, pode haver abate sanitário para evitar a propagação.
Devem adotar medidas rigorosas de segurança, como:
Controle de acesso às granjas.
Higiene adequada.
Evitar contato com aves silvestres.
Monitorar a saúde das aves constantemente.
Sim, existem vacinas, mas seu uso é controlado e depende da situação epidemiológica. A vacinação complementa, mas não substitui as medidas de segurança e controle sanitário.
O risco é baixo. Geralmente, ele acontece só em pessoas que têm contato direto e prolongado com aves infectadas.
Segundo especialistas e autoridades sanitárias, não há risco de transmissão da gripe aviária pelo consumo de carne de frango ou ovos, desde que estejam devidamente cozidos.
O vírus da influenza aviária é muito sensível ao calor e é destruído durante o cozimento, em qualquer preparo que utilize fogo. Portanto, alimentos de origem aviária preparados adequadamente são seguros para consumo.
Além disso, órgãos internacionais como o Ministério da Agricultura, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) reforçam que não existem registros de transmissão da gripe aviária a partir do consumo de frango ou ovos cozidos.
Embora rara, a infecção humana pode ser grave, com sintomas respiratórios e risco de complicações.
A maior preocupação é a possibilidade de mutações que facilitem a transmissão entre humanos.