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Novo pistache? Investidores veem avelã como a ‘bola da vez’

Estudo de mercado aponta concentração da produção em poucos países e possibilidade de alta nos preços diante de demanda global crescente

Investidores projetam alta na demanda por avelãs com risco de escassez (Mundo Verde/Divulgação)

Investidores projetam alta na demanda por avelãs com risco de escassez (Mundo Verde/Divulgação)

Publicado em 14 de agosto de 2025 às 15h37.

Última atualização em 14 de agosto de 2025 às 16h02.

A possibilidade de escassez global colocou as avelãs no radar de fundos especializados em mercados emergentes e commodities agrícolas. O movimento é comparado ao que ocorreu recentemente com os pistaches, cuja demanda disparou após popularização em produtos alimentícios e confeitaria.

A produção mundial de avelãs é concentrada em poucos países, com destaque para Turquia, Itália e Azerbaijão. Essa concentração torna a oferta suscetível a fatores como clima adverso, instabilidade geopolítica e mudanças no comércio internacional, conforme destacado pela Bloomberg.

A Terra Nova Capital Advisors, gestora com foco em mercados de fronteira, avalia que o consumo global de avelãs pode crescer em ritmo mais rápido que a capacidade de expansão da produção. O interesse é impulsionado por tendências de consumo, como a inclusão da castanha em chocolates, cremes e produtos de panificação.

Demanda crescente

O avanço no consumo pode ser estimulado por fenômenos semelhantes aos que impulsionaram os pistaches, como a promoção em redes sociais e o lançamento de produtos. No entanto, as opções de investimento para aproveitar uma eventual valorização ainda são limitadas, restritas a operações agrícolas e contratos específicos.

À Bloomberg, especialistas apontam que a combinação de produção limitada, concentração geográfica e novas tendências de consumo cria um cenário de potencial alta de preços nos próximos anos.

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