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Plano Safra 25/26: governo anuncia medida para setor empresarial nesta terça-feira, 1º

Segundo interlocutores do Planalto, o valor a ser divulgado deverá variar entre R$ 450 bilhões e R$ 550 bilhões

 (Mapa/Divulgação)

(Mapa/Divulgação)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 1 de julho de 2025 às 06h05.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anuncia nesta terça-feira, 1º, o Plano Safra 25/26 para o setor empresarial. Na segunda-feira, 30, o governo divulgou o valor de R$ 78,2 bilhões para a agricultura familiar.

Segundo interlocutores do governo, o montante a ser anunciado deverá variar entre R$ 450 bilhões e R$ 550 bilhões. Na temporada 2024/25, o Mapa disponibilizou R$ 400,9 bilhões.

O valor destinado ao novo Plano Safra enfrentou desafios nos ministérios da Fazenda, Agricultura e Pecuária e Desenvolvimento Agrário.

A falta de espaço no orçamento de 2025 e a taxa básica de juros (Selic) de 15% ao ano foram os principais obstáculos, como afirmaram à EXAME fontes do governo.

Plano Safra 25/26: juros mais altos

Na sexta-feira, 27, fontes envolvidas na elaboração do Plano Safra 25/26 confirmaram à EXAME que o governo aumentará a taxa de juros em todas as linhas de financiamento, incluindo as do Pronaf.

Segundo interlocutores do Planalto, a decisão foi tomada devido à Selic em 15% ao ano e ao orçamento mais restrito para 2025, conforme antecipado pela EXAME no final de abril.

“O aumento nas taxas já está definido. Tivemos que adequar o Plano Safra ao orçamento”, afirmou um auxiliar do governo. O aumento das taxas poderá atingir até 2,5 pontos percentuais.

O Plano Safra, principal política pública agrícola do Brasil, depende de linhas de crédito subsidiadas para financiar a produção agropecuária e apoiar os produtores rurais na aquisição de insumos, sementes, máquinas e equipamentos.

Quando as taxas de juros estão altas, o custo do crédito aumenta, mesmo nas linhas subsidiadas. Isso ocorre porque, embora o governo ofereça juros mais baixos para os produtores, a taxa básica de juros impacta diretamente a rentabilidade dessas linhas.

Com juros elevados, as instituições financeiras podem repassar parte desses custos ao setor agrícola, tornando o financiamento mais caro e mais difícil de ser acessado.

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