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Preço do café cai após Trump revogar tarifas de 40% sobre grão brasileiro

Nesta quinta-feira, 20 de novembro, o presidente dos EUA assinou uma ordem executiva que isentou dezenas de produtos

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 21 de novembro de 2025 às 16h36.

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Os contratos futuros do café caíram até a mínima em quase dois meses na Bolsa de Nova York nesta sexta-feira, 21, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ampliar as isenções tarifárias sobre alguns produtos do Brasil, o que aliviou as preocupações sobre a escassez de oferta no mercado americano, segundo informações da agência Bloomberg.

Os contratos futuros de arábica caíram até 6,6% na Bolsa de Nova York, enquanto os de robusta recuaram até 8% em Londres, antes de recuperar parte das perdas.

Na quinta-feira, 20, o presidente americano assinou uma ordem executiva que isentou uma série de alimentos, incluindo o café, de uma tarifa de 40% que havia sido imposta em agosto deste ano.

Na semana passada, Trump já havia eliminado uma tarifa de 10% sobre esses itens, mas não havia incluído a alíquota mais alta.

Os contratos futuros do café arábica, amplamente tutilizada na mistura dos cafés especiais, atingiram um recorde no mês passado, o que levantou preocupações sobre custos ainda mais altos para consumidores.

O aumento foi parcialmente causado pelas tarifas, que restringiram o fluxo de grãos para os Estados Unidos, fazendo com que comerciantes de ambos os lados da fronteira adiassem negócios.

O Brasil, principal fornecedor de arábica, também é responsável pela produção de robusta, utilizado especialmente em café instantâneo.

"A remoção da estrutura tarifária deve liberar volumes consideráveis de café brasileiro", comentou a trading I & M Smith Ltd. em um comunicado. A empresa, no entanto, alertou que isso torna o cenário comercial mais complexo, levando os compradores americanos a reavaliar suas estratégias de aquisição, enquanto os exportadores brasileiros retomam o acesso total ao maior mercado de café do mundo.

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