Redatora
Publicado em 23 de setembro de 2025 às 19h35.
Os contratos futuros do café arábica caíram nesta terça-feira, 23, na Bolsa de Nova York, após o início das chuvas nas principais regiões produtoras do Brasil. O país é o maior exportador mundial da commodity, e as precipitações aumentam as perspectivas de uma safra mais robusta em 2026.
O contrato mais negociado chegou a cair 3,6% no pregão, atingindo o menor nível em um mês, antes de reduzir parte das perdas.
As chuvas registradas nesta semana em Minas Gerais e em outras áreas produtoras do café ocorreram em um período considerado crítico para o desenvolvimento das lavouras. Segundo a Bloomberg, a regularidade climática é essencial para a recuperação dos estoques globais, pressionados por colheitas mais fracas nos últimos anos.
Além do fator climático, o mercado repercutiu a sinalização de um possível encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marcado para a próxima semana.
A reunião, anunciada após conversa durante a Assembleia Geral da ONU, trouxe expectativas de avanço em um possível entendimento comercial entre os dois países.
Nos últimos meses, tarifas impostas pelos EUA e a queda dos embarques brasileiros ao mercado norte-americano têm influenciado a formação de preços, enquanto os estoques de café brasileiro nos armazéns da bolsa seguem em declínio.
Na Bolsa de Londres, os contratos de café robusta também recuaram, com baixa de 1,6%. Já em Nova York, os preços do cacau e do açúcar bruto avançaram no mesmo pregão.