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A febre amarela ataca

O surto de febre amarela em Minas Gerais teve suas primeiras oito vítimas fatais confirmadas nesta quarta-feira. Ao todo, são mais de 130 casos e 46 mortes sendo investigadas por possível relação com a doença. As mortes confirmadas estão todas na zona rural, mas o surto lota os postos de saúde do estado com pessoas […]

Febre amarela: busca por repelentes cresceu entre consumidores (James Gatany/Wikimedia Commons)

Febre amarela: busca por repelentes cresceu entre consumidores (James Gatany/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 17h59.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h18.

O surto de febre amarela em Minas Gerais teve suas primeiras oito vítimas fatais confirmadas nesta quarta-feira. Ao todo, são mais de 130 casos e 46 mortes sendo investigadas por possível relação com a doença. As mortes confirmadas estão todas na zona rural, mas o surto lota os postos de saúde do estado com pessoas em busca de vacina. O ministério da Saúde enviou 735.000 doses para reforçar os estoques, que agora podem atender mais de 1 milhão de cidadãos.

Há situações de pânico em diversos estados. Em Vila Velha, no Espírito Santo, moradores lotaram as unidades de saúde nesta quarta-feira, em busca de vacina. O estado não é considerado uma zona endêmica, mas 26 municípios na fronteira com Minas Gerais devem receber prioridade. Está prevista a chegada de 500.000 doses até sexta-feira.

No Rio de Janeiro, a secretaria de Saúde anunciou, nesta quarta-feira, que elevou o nível de vigilância para 14 municípios, que também receberão reforço de vacinação. Foram solicitadas 250.000 doses ao governo federal. Apesar de a doença estar ressurgindo, ela ainda atinge apenas áreas já mapeadas pelo governo e pode ser controlada com vacinação. A preocupação para este verão continuam sendo dengue, zika e chykungunya, doenças que o Brasil ainda não aprendeu a controlar. No ano passado, cerca de 2 milhões contraíram alguma das viroses.

A febre amarela havia sido considerada erradicada em 1942, mas voltou a aparecer fora da região amazônica em julho de 2014, com 15 mortes confirmadas até dezembro de 2016. O Ministério da Saúde já previa que, com a reemergência do vírus, este verão deveria ser de atenção redobrada.

Foi recomendada ampliação da vigilância em todos os estados, com a necessidade de notificação de todos os casos suspeitos em até 24h. Especialistas acreditam que as mudanças climáticas e o avanço das cidades sobre as áreas de mata são os principais motivos para o vírus ter voltado a circular. A vacina é fornecida gratuitamente e não há restrições para imunização. Caso as mais de 50 mortes suspeitas em Minas Gerais forem confirmadas, será o pior surto da doença já registrado no estado, em 2001 e 2003.

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