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Abreu e Lima pode gerar prejuízo bilionário para Petrobras

Se comprovadas irregularidades, membros do Conselho de Administração da estatal podem ser impedidos de gerir empresas de capital aberto. Graça Foster e Guido Mantega estão entre eles.

Obras na Refinaria Abreu e Lima (Refinaria do Nordeste- Rnest) em Pernambuco, em uma foto de 2013 (Divulgação/PAC)

Obras na Refinaria Abreu e Lima (Refinaria do Nordeste- Rnest) em Pernambuco, em uma foto de 2013 (Divulgação/PAC)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 18 de janeiro de 2015 às 10h20.

São Paulo - Considerada hoje a obra em andamento mais cara do Brasil, a Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, deve deixar um prejuízo de 3,2 bilhões de reais para os cofres da Petrobras, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

A obra está no centro das investigações da Operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção na estatal. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa é acusado de superfaturar contratos da refinaria, que começou a ser contruída durante sua gestão na diretoria.

De acordo com a publicação, em 2012, estudos técnicos já teriam apontado o prejuízo. Mesmo assim, o Conselho de Administração da companhia aprovou a continuidade das obras. A atual presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, faziam parte do conselho naquela época.

Caso essas informações sejam confirmadas e seja comprovado que o conselha da Petrobras se omitiu ou agiu por má-fé, todos os envolvidos podem ser multados ou impedidos de gerir empresas de capital aberto, segundo o jornal.

Além de Graça e Mantega, os empresários Jorge Gerdau, dono da Gerdau, e Josué Christiano Gomes da Silva, dono da Coteminas, também eram membros do conselho da estatal.

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