Brasil

Acordo reduz carga horária dos operários do Itaquerão

Odebrecht e o Ministério do Trabalho assinaram acordo que proíbe que operadores de guindaste façam horas extras


	Obra do Itaquerão é retomada após acidente: funcionários só excederão o número de horas com programação prévia
 (Marcelo Camargo/ABr)

Obra do Itaquerão é retomada após acidente: funcionários só excederão o número de horas com programação prévia (Marcelo Camargo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 18h21.

São Paulo - Após o acidente que matou dois operários no Itaquerão, a Odebrecht e o Ministério do Trabalho assinaram um acordo na tarde desta quinta-feira que proíbe que operadores de guindaste façam horas extras. Outros funcionários só excederão o número de horas com programação prévia.

O objetivo é reduzir a carga horária de todos os operários. Para não comprometer o andamento das obras, a construtora se comprometeu a contratar 80 novos funcionários até o dia 28 de janeiro. A Odebrecht ainda espera recomeçar as obras na área que estava interditada no prédio leste, onde aconteceu o acidente no dia 27 de novembro.

O Ministério do Trabalho também liberou a retirada do guindaste envolvido no acidente, embora a área que foi afetada e que corresponde a 5% da obra ainda esteja interditada pela Defesa Cívil.

O Itaquerão será palco da abertura da Copa do Mundo dia 12 de junho na partida entre Brasil e Croácia. O estádio do Corinthians deveria ter ficado pronto este mês. Mas o acidente que destruiu parte da área externa e matou dois operários atrasou o cronograma das obras.

O acidente aconteceu quando o operador de guindaste içava uma peça de quase meia tonelada. A estrutura metálica e o guindaste tombaram, afetando parte do prédio leste. O operador do guindaste, José Walter Joaquim, estava há 18 dias sem folga, de acordo com o Ministério do Trabalho. A Odebrecht nega, diz que o operário folgou um domingo anterior ao acidente.

Além disso, segundo a construtora, o operário esteve na obra em todos esses dias, mas aguardava autorização para operar o guindaste. A causa do acidente ainda não foi descoberta.

Acompanhe tudo sobre:Direitos trabalhistasEmpresasEmpresas brasileirasEstádiosItaquerãoNovonor (ex-Odebrecht)

Mais de Brasil

PGR defende que Collor vá para prisão domiciliar

Dino suspende pagamento de emendas parlamentares de saúde sem conta bancária específica

Oposição formaliza pedido de CPI do INSS com 184 assinaturas e aumenta pressão pela saída de Lupi