Brasil

Advogado de Lula que discutiu com Moro renuncia

Nas audiências da Lava Jato, o advogado criminalista Juarez Cirino dos Santos protagonizou embate com Sérgio Moro

Sérgio Moro: advogado chamou juiz de "acusador principal" em audiência (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Sérgio Moro: advogado chamou juiz de "acusador principal" em audiência (Rodolfo Buhrer/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de março de 2017 às 07h47.

São Paulo - O advogado criminalista Juarez Cirino dos Santos informou na sexta-feira, 17, ao juiz Sérgio Moro que renunciou à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas ações a que o petista responde na Operação Lava Jato.

Nas audiências da Lava Jato, Cirino protagonizou um dos mais duros embates com o juiz, episódio registrado em vídeo.

No dia 12 de dezembro de 2016, durante o depoimento de Mariuza Aparecida Marques, funcionária da empreiteira OAS encarregada pela supervisão do tríplex do Guarujá (SP) que o Ministério Público Federal diz pertencer a Lula, Cirino havia chamado Moro de "acusador principal". O juiz, então, mandou que o advogado o respeitasse. O bate-boca aconteceu 13 minutos após o início da audiência.

No documento encaminhado à Justiça Federal no Paraná, assinado por Cirino e outros dois advogados de seu escritório, que também deixam a defesa do ex-presidente, ele não revela o motivo de sua saída.

No texto, Cirino e seus colegas de banca chamam o ex-presidente de "ilustre e digno constituinte, por quem os signatários manifestam a maior admiração por sua atuação como sindicalista, criador e dirigente do Partido dos Trabalhadores e Presidente da República".

A reportagem tentou contato com o escritório de Cirino, mas ele não foi encontrado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Operação Lava JatoLuiz Inácio Lula da SilvaSergio Moro

Mais de Brasil

STF convoca audiência para discutir transparência nas emendas PIX e papel do TCU

Hugo Motta diz que Lula está 'caminhando' para quarta vitória nas urnas

Receita retém carga de dois navios avaliada em R$ 290 milhões em nova fase da Cadeia de Carbono

10 carretas e R$ 6 mi em mercadorias: o saldo da maior operação do ano contra cigarros clandestinos