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Advogado nega denúncia sobre propina na Fazenda

Advogado disse que a Partnersnet vai disponibilizar à Polícia Federal documentos que comprovam que a empresa não pediu repassasse


	Propina: chefe de gabinete, Marcelo Fiche, e o chefe da Assessoria Técnica e Administrativa, Humberto Alencar, teriam recebido R$ 60 mil das mãos da ex-secretária da Partnersnet
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Propina: chefe de gabinete, Marcelo Fiche, e o chefe da Assessoria Técnica e Administrativa, Humberto Alencar, teriam recebido R$ 60 mil das mãos da ex-secretária da Partnersnet (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2013 às 18h14.

Brasília - O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro afirmou nesta segunda-feira, 18, que a Partnersnet vai disponibilizar à Polícia Federal documentos que comprovam que a empresa, que presta serviços de assessoria de imprensa ao Ministério da Fazenda, não pediu à ex-secretária que repassasse qualquer quantia a dois assessores do gabinete do ministro Guido Mantega.

De acordo com Castro, a perícia do sigilo bancário e das conversas via Skype da empresa e da ex-funcionária vai mostrar que a empresa e os técnicos do ministério são vítimas de um complô, cujo objetivo, provavelmente, seria derrubar o ministro Mantega. "É o Ministério da Fazenda e não o Ministério da Pesca", afirmou.

Segundo denúncia publicada pela revista Época no fim de semana, o chefe de gabinete, Marcelo Fiche, e o chefe da Assessoria Técnica e Administrativa, Humberto Alencar, ambos do Ministério da Fazenda, teriam recebido R$ 60 mil das mãos da ex-secretária da Partnersnet Anne Paiva.

Castro apresentou à imprensa uma conversa diferente da publicada pela revista entre a ex-secretária e o diretor financeiro da empresa de Belo Horizonte, Vivaldo Ramos, na qual ele pede à funcionária que retire R$ 5 mil da conta dela e entregue o dinheiro a ele. Não há menção a ninguém do Ministério da Fazenda.

O advogado disse que esse tipo de movimentação financeira era comum para resolver "questões operacionais" da empresa. Ele informou que a empresa está à disposição para prestar qualquer esclarecimento ao ministério, que abriu apuração interna, e à Polícia Federal.

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