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Aécio vê proximidade entre PSDB e aliança PSB-Marina

"Acho que a Marina, assim com próprio Eduardo, percebem que este é um governo que caminha para o seu encerramento, porque ele fracassou", emendou Aécio Neves


	Aécio Neves: possível candidato tucano à Presidência em 2014, Aécio afirmou que "também condena a polarização" da política brasileira entre PSDB e o PT
 (Pedro França/Agência Senado)

Aécio Neves: possível candidato tucano à Presidência em 2014, Aécio afirmou que "também condena a polarização" da política brasileira entre PSDB e o PT (Pedro França/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2013 às 17h53.

Brasília - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta quarta-feira, 16, que as posições defendidas pela ex-senadora Marina Silva e pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), são próximas das ideias dos tucanos.

"Saudamos posições externadas pela Marina e pelo Eduardo (Campos), que são muito próximas àquelas que temos defendido, como resgate dos postulados macroeconômicos, do tripé que nos conduziu até aqui", afirmou Aécio, após reunião com a bancada tucana na Câmara dos Deputados.

"Acho que a Marina, assim com próprio Eduardo, percebem que este é um governo que caminha para o seu encerramento, porque ele fracassou", emendou o presidente do PSDB.

Ao citar o tripé econômico, composto pela geração de superávits primários, câmbio flutuante e metas para a inflação, o tucano faz coro às críticas de Marina Silva, que nesta semana disse que esse modelo foi prejudicado pelo governo Dilma Rousseff.

Aécio Neves, tido como possível candidato tucano à Presidência em 2014, afirmou ainda que "também condena a polarização" da política brasileira entre o PSDB e o PT.

Essa postura, continuou o senador, é outro ponto que mostra "convergência e identidade" entre o projeto tucano o que está sendo ventilado pela aliança Campos-Marina.

"O governo (do PT) sempre apostou nessa polarização, porque com isso gostaria de levar a eleição para o passado, para a discussão de legados", disse Aécio. "O que queremos é falar de futuro. Quem quer continuar falando de passado é o PT", pontuou.

Ele disse ainda que o PSDB manteve uma posição clara em favor da criação da Rede, partido que a ex-ministra Marina Silva tentou registrar na Justiça Eleitoral, sem sucesso, e apoiou a candidatura do governador pernambucano. "O PSDB teve uma posição clara em favor da criação da Rede e contra o projeto que inibia a criação de novos partidos", disse. "Sempre estimulamos a candidatura do Eduardo Campos para ampliar o debate. O que queremos é uma discussão plural".

Ciclo PT

Aécio disse que seu partido é o que reúne as "melhores condições" para encerrar o período do PT na Presidência da República e retomar um "ciclo de crescimento" para o país.

O senador disse ainda que o governo petista gerou um clima de desconfiança dos investidores em relação ao Brasil e criticou o que chamou de "cemitério de obras inacabadas" pelo país.

Citando o aumento da previsão de preços da refinaria de Abreu e Lima e da transposição do rio São Francisco, Aécio Neves disse que "o Brasil não pode aceitar o padrão da ineficiência como algo normal". "Um próximo governo vai demonstrar, sobretudo se for do PSDB, o quanto este governo fez mal para o país. O quanto nos tirou na fila de país prioritário para investimentos", concluiu.

Perguntado sobre como o PSDB pretende se colocar para a população como a melhor opção entre as forças de oposição, Aécio disse que a sigla "vai mostrar os êxitos da experiência" tucana. "A nossa história é o nosso passaporte", afirmou. "Todos se manifestaram dizendo da necessidade de mostrarmos os êxitos das nossas experiências e a coragem que tivemos lá atrás: ao encerrarmos o ciclo inflacionário, ao construirmos a agenda da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e com a modernização da economia", disse.

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