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Aéreas dizem não ter plano alternativo em caso de greve nos aeroportos

Aeroviários e aeronautas devem paralisar suas atividades no próximo dia 22 de dezembro

Trabalhadores pedem por um reajuste salarial de 7%, mas empresas aéreas propõem aumento de apenas 6,17% (Wikimedia Commons)

Trabalhadores pedem por um reajuste salarial de 7%, mas empresas aéreas propõem aumento de apenas 6,17% (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2011 às 15h15.

Brasília - O negociador indicado pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) perante o Tribunal Superior do Trabalho (TST), Odilon Junqueira, afirmou hoje que não há um plano alternativo para garantir a normalidade no atendimento dos passageiros das companhias aéreas no caso de ser deflagrada greve dos aeroviários (pessoal de terra) e dos aeronautas (embarcados) no próximo dia 22 de dezembro.

A declaração foi dada durante a audiência de conciliação que ocorre neste tarde no Tribunal Superior do Trabalho (TST). "Não fomos notificados. Não há nada preparado como diz a lei", afirmou, referindo-se a uma notificação que os trabalhadores deveria ter apresentada às empresas por se tratar de serviço essencial.

O assessor econômico do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Cláudio Toledo, admitiu que os trabalhadores podem alterar a data do início da greve.

"Parece que ainda existe tempo hábil para um acordo. Mas nada impede que a paralisação mude de data se for por questão de prazo legal", afirmou.

A ministra Maria Cristina Peduzzi interrompeu a reunião no meio da tarde para mais uma rodada de negociação entre empresas e empregados, na tentativa de evitar a greve.

O SNEA oferece reajuste dos salários pela variação do INPC, que seria de 6,17%. No início da negociação, há cerca de 60 dias, os trabalhadores pediam reajuste de 13%. Depois baixaram a exigência para 9% e agora pedem pelo menos 7%. As empresas dizem que não há possibilidade de conceder aumento real este ano.

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