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Alckmin admite racionamento e recorrerá de decisão judicial

Governador de São Paulo questiona a necessidade de um decreto oficial para adoção da sobretaxa

Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin: “racionamento já existe. Quando a ANA determina que tem de reduzir a vazão do Cantareira de 33 metros cúbicos por segundo (m3/s) para 17m3/s, é óbvio que já está em restrição" (José Luís da Conceição/Divulgação/Governo de São Paulo)

Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin: “racionamento já existe. Quando a ANA determina que tem de reduzir a vazão do Cantareira de 33 metros cúbicos por segundo (m3/s) para 17m3/s, é óbvio que já está em restrição" (José Luís da Conceição/Divulgação/Governo de São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 13h11.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu hoje (14), pela primeira vez, que o estado enfrenta racionamento de água. Ele informou que, por isso, recorrerá da decisão juducial que suspende a cobrança de multa para quem consumir mais água.

“Racionamento já existe. Quando a Agência Nacional de Águas (ANA) determina que tem de reduzir a vazão do Cantareira de 33 metros cúbicos por segundo (m3/s) para 17m3/s, é óbvio que já está em restrição. Então, a medida [de sobretaxar a tarifa de água] tem legalidade”, afirmou o governador, após cerimônia de transmissão do comando da Polícia Militar.

Ontem (13), a juíza Simone Viegas de Moraes Leme deferiu parcialmente o pedido de liminar da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) contra multa implantada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), em vigor desde a última quinta-feira (8).

A multa foi suspensa até que o governo do estado cumpra o que está previsto no Artigo 46 da Lei Federal 11.445, de 2007. A lei determina que, antes de aplicar multa aos consumidores, o governo tem de decretar oficialmente o racionamento de água.

Alckmin questiona a necessidade de um decreto oficial para adoção da sobretaxa. “Já temos a restrição de água estabelecida pela ANA. Não tem de ter decreto. Isto está mais do que explicitado”, ressaltou.

Segundo o governador, antes de ser implementada, a medida foi estudada pela Procuradoria-Geral do Estado e está amparada legalmente. “É uma questão de justiça, porque visa ao bem comum e é necessária, em razão da questão climática”, complementou.

Sobre o tempo em que o estado está em racionamento, o governador disse que a restrição da ANA ocorre desde a metade do ano passado. Ele disse ainda que o termo racionamento se refere ao fato de que há restrição hídrica, mas negou que haja falta de água nas torneiras.

“Não tem racionamento no sentido de fechar o sistema e abrir amanhã. Não tem, nem deve ter. Agora, restrição hídrica claro que tem”, concluiu.

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