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Anvisa interdita pasta de dente da Colgate após relatos de sintomas como irritação e inchaço

Anvisa não detalhou se houve registros de reações mais graves ou se os eventos envolvem lotes específicos

Colgate: Os sintomas reportados pelos consumidores incluem inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral, sensação de ardência, dormência, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão (Colgate/Divulgação)

Colgate: Os sintomas reportados pelos consumidores incluem inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral, sensação de ardência, dormência, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão (Colgate/Divulgação)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 27 de março de 2025 às 12h04.

Última atualização em 28 de março de 2025 às 11h50.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou esta semana a interdição cautelar de todas as pastas de dente do modelo Colgate Clean Mint, após o registro de pelo menos 13 casos de eventos adversos. A medida, que vale por 90 dias, foi tomada com base em notificações entre 1º de janeiro e 19 de março de 2025, e pode ser contestada pela Colgate.

Os sintomas reportados pelos consumidores incluem inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral, sensação de ardência, dormência, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão. Até o momento, a Anvisa não detalhou se houve registros de reações mais graves ou se os eventos envolvem lotes específicos.

A interdição é preventiva e cautelar, o que significa que a Colgate pode apresentar argumentos para reverter a decisão. A empresa será notificada formalmente e tem o direito de recorrer, conforme previsto pela legislação.

A Anvisa, em nota, ressaltou que a medida visa proteger a saúde dos consumidores enquanto as investigações continuam. O prazo de 90 dias para a interdição segue a legislação vigente, mas não impede a análise e contestação por parte da fabricante.

Pelas redes sociais, os consumidores relataram que o problema deve estar relacionado à troca de fórmula da pasta de dente. O produto, que começou a ser comercializado em julho de 2024, utiliza fluoreto de estanho, enquanto a versão anterior empregava fluoreto de sódio.

Procurada pela EXAME, a Colgate Palmolive afirmou que entrou com recurso para suspensão automática da interdição e reforçou que o produto não oferece riscos à saúde. Veja a íntegra do comunicado:

A Colgate reforça seu compromisso com a qualidade e segurança de seus produtos. Estamos cientes da decisão da Anvisa por uma interdição cautelar ao creme dental Total Clean Mint, que não implica no recolhimento do produto. A companhia entrou com recurso que resultou na suspensão automática dessa interdição na quinta-feira (27). Seguimos tomando todas medidas cabíveis para interagir com a Anvisa e demonstrar a segurança do produto. É importante reafirmar que o produto não oferece riscos à saúde, mas algumas pessoas podem apresentar sensibilidade a certos ingredientes - como fluoreto de estanho, corantes ou sabores. Nossas equipes estão preparadas para esclarecer quaisquer dúvidas sobre o creme dental Total Clean Mint com autoridades, profissionais, clientes e consumidores.

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