Brasil

Anvisa proíbe substâncias usadas em unhas de gel por risco de câncer

também acompanha a decisão tomada pela União Europeia em 1º de setembro, que proibiu as substâncias por razões semelhantes

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 29 de outubro de 2025 às 16h17.

Tudo sobreAnvisa
Saiba mais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta quarta-feira, 29, a proibição do uso do óxido de trimetilbenzoil difenilfosfina (TPO) e da dimetiltolilamina (DMTA) em produtos para unhas em gel.

Segundo o órgão, a decisão visa proteger a saúde da população, considerando os riscos dessas substâncias, que podem estar associadas a câncer e problemas reprodutivos.

"As substâncias proibidas são o TPO (óxido de difenil (2,4,6-trimetilbenzol) fosfina) e o DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina), também conhecido como dimetiltolilamina (DMTA). Esses ingredientes são comuns em produtos para unhas em gel", detalhou a agência, em um comunicado.

A Anvisa explicou que a medida se baseia em estudos internacionais realizados com animais. De acordo com pesquisas, o TPO pode prejudicar a fertilidade, enquanto a DMTA tem potencial cancerígeno.

Ambas substâncias são usadas em cosméticos para unhas em gel, com o TPO funcionando como fotoiniciador, iniciando a reação de polimerização de géis e esmaltes quando exposto à luz UV ou LED, e a DMTA contribuindo para a durabilidade e fixação do produto.

A proibição também acompanha a decisão tomada pela União Europeia em 1º de setembro, que proibiu as substâncias por razões semelhantes, visando proteger tanto os consumidores quanto os profissionais que trabalham com esses produtos.

Quando a proibição entra em vigor?

A partir da publicação da nova resolução, que ainda não foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU), será proibida a fabricação, importação, concessão de novos registros ou notificação de produtos que contenham TPO ou DMTA. No entanto, empresas e estabelecimentos terão um prazo de 90 dias para interromper a venda ou o uso de produtos que já estão no mercado.

Após esse período, a Anvisa cancelará todos os registros e notificações de produtos que contenham essas substâncias.

"As empresas responsáveis deverão realizar o recolhimento daqueles que ainda estiverem em lojas e distribuidoras", determinou a Anvisa.

Acompanhe tudo sobre:SaúdeBelezaAnvisaUnião Europeia

Mais de Brasil

Governo do Rio de Janeiro confirma 121 mortos após megaoperação

Declaração de comparecimento Enem 2025: para que serve e como emitir

SP ganha novos pedágios 'free flow' no caminho ao litoral via Mogi

Quais são as facções criminosas do Rio de Janeiro?