Brasil

Anvisa recebe pedido de uso emergencial de vacina da Sinopharm

Em maio, o imunizante foi o primeiro de fabricação chinesa a receber o aval da Organização Mundial da Saúde (OMS)

Sinopharm: a empresa chinesa já afirmou ter capacidade de produzir até 5 bilhões de doses em 2021. (Thomas Peter/Reuters)

Sinopharm: a empresa chinesa já afirmou ter capacidade de produzir até 5 bilhões de doses em 2021. (Thomas Peter/Reuters)

AM

André Martins

Publicado em 26 de julho de 2021 às 12h19.

Última atualização em 26 de julho de 2021 às 15h58.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu nesta segunda-feira, 26, o pedido de uso emergencial da vacina chinesa da empresa Sinopharm. O pedido foi apresentado pela empresa Blau Farmacêutica, que representa a vacina do laboratório chinês no Brasil.

Segundo a agência, as primeiras 24 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e verificar se os documentos necessários para avaliação estão disponíveis. Se houver informações importantes faltando, serão solicitadas as informações adicionais ao laboratório.

O prazo de análise do pedido pode ser sete ou 30 dias, a depender do caso específico.

Em maio, o imunizante foi o primeiro de fabricação chinesa a receber o aval da Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacina faz parte do consórcio Covax. Caso seja aprovada pela Anvisa, o Brasil pode receber o imunizante. 

Tecnologia da vacina

A vacina da Sinopharm é produzida a partir do um vírus inativado, similar à da Coronavac e da vacina da gripe. O imunizante é recomendado para adultos com 18 anos ou mais, em duas doses com um espaçamento de três a quatro semanas. A eficácia foi estimada em 79%.

A empresa chinesa já afirmou ter capacidade de produzir até 5 bilhões de doses em 2021.

O desenvolvimento da vacina não teve estudos clínicos conduzidos no Brasil, o que não impede o pedido de autorização para uso emergencial ou registro na Anvisa. As pesquisas foram desenvolvidas em países como Argentina, Peru, Emirados Árabes, Egito e China.

  • Quer saber tudo sobre o desenvolvimento e eficácia de vacinas contra a covid-19? Assine a EXAME e fique por dentro.
Acompanhe tudo sobre:AnvisaCoronavírusPandemiavacina contra coronavírusVacinas

Mais de Brasil

Gilmar Mendes retira discussão sobre mineração em terras indígenas de conciliação do marco temporal

Governo quer aumentar pena máxima de 4 para 6 anos de prisão a quem recebe ou vende celular roubado

Alexandre de Moraes arquiva investigação contra Bolsonaro sobre fraude em cartão de vacina

PEC da Segurança será enviada ao Congresso nas próximas semanas, diz Sarrubbo