Redatora
Publicado em 14 de novembro de 2025 às 10h17.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão de quatro marcas de glitter comestível que utilizavam materiais plásticos na composição e eram anunciadas como ingredientes para alimentos. A agência informou na última quinta-feira, 13, que a ingestão dessas substâncias representa risco à saúde, já que plásticos não são autorizados para uso alimentar.
A decisão inclui a proibição de fabricação, comercialização, distribuição, propaganda e uso dos produtos. Os fabricantes também devem recolher os itens que já estão no mercado.
A suspensão abrange quatro fabricantes que indicavam uso direto dos produtos em alimentos ou apresentavam substâncias irregulares:
Segundo a Anvisa, cabe aos fabricantes recolher todos os produtos do mercado e orientar consumidores sobre a devolução. Empresas devem apresentar à Agência um plano de recolhimento e veicular mensagens de alerta.
A suspensão ocorre após denúncias nas redes sociais indicando o uso de glitter plástico em alimentos. Desde então, a Anvisa identificou 16 marcas investigadas. Em quatro delas, houve confirmação de material plástico e recomendação de uso em alimentos. As demais seguem em análise.
A agência também notificou plataformas como Mercado Livre, Amazon, Shopee e Magazine Luiza para remover anúncios que apresentem glitter como comestível. Foi solicitado que as empresas forneçam dados sobre anunciantes e fabricantes.
A determinação vale inclusive para produtos categorizados em seções de alimentos e bebidas, ainda que não mencionem uso direto em preparações culinárias.
A Anvisa aponta que s =ubstâncias como polipropileno (PP) micronizado, PET, polimetilmetacrilato (PMMA) e acetato de polivinila não são autorizadas para consumo. Esses materiais são permitidos apenas em itens decorativos não comestíveis.
Produtos usados na coloração e decoração de alimentos, tanto na indústria quanto em preparações domésticas, devem ser fabricados com ingredientes e aditivos aprovados pela agência.
Em comunicado, a agência reforçou que, para evitar irregulares, os consumidores devem sempre verificar os rótulos. Produtos alimentícios com substâncias não autorizadas devem ser comunicados à Vigilância Sanitária municipal ou à própria Agência por meio dos canais oficiais.