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Após tornar réus Bolsonaro e 13 acusados pela trama golpista, STF julga mais 19 pessoas até maio

Ministros vão analisar agora acusações contra militares e grupo suspeito de desinformação

O ex-presidente Jair Bolsonaro durante julgamento no STF  (Antonio Augusto/STF)

O ex-presidente Jair Bolsonaro durante julgamento no STF (Antonio Augusto/STF)

Agência o Globo
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Publicado em 23 de abril de 2025 às 07h55.

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar em maio a denúncia contra mais dois núcleos da suposta trama golpista, reunindo 19 pessoas. Outros dois grupos já foram julgados, e 14 investigados se tornaram réus.

  • Núcleo 1, principais articuladores: oito pessoas (Bolsonaro, Braga Netto e outros) — já viraram réus
  • Núcleo 2, apoio jurídico e operacional: seis pessoas (Mario Fernandes, Filipe Martins e outros) — já viraram réus
  • Núcleo 3, forças de segurança: 12 pessoas (Estevam Theophilo e outros) — julgamento nos dias 20 e 21 de maio
  • Núcleo 4, operações de desinformação: sete pessoas (Ailton Barros e outros) — julgamento nos dias 6 e 7 de maio

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado foi dividida em cinco núcleos, para facilitar a tramitação. A acusação contra o primeiro deles — que reúne as principais autoridades, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — foi analisada no mês passado, e oito pessoas viraram rés.

Na terça, foi recebida a denúncia contra o segundo núcleo, integrado por seis pessoas, suspeitas de "gerenciarem" as ações da suposta organização. Fazem parte desse grupo o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques e o ex-assessor presidencial Filipe Martins, entre outros.

O próximo julgamento está marcado para ocorrer entre os dias 6 e 7 de maio, contra o quarto núcleo, apontado como responsável por ações de desinformação. Sete pessoas fazem parte dele, incluindo o ex-major do Exército Ailton Barros.

Nos dias 20 e 21 de maio, ocorrerá a análise da acusação contra o terceiro núcleo, formado por membros de forças de segurança. São 12 pessoas, quase todos militares, como o general da reserva Estevam Theophilo, além do policial federal Wladimir Soares.

Também foi denunciado pela PGR o economista Paulo Figueiredo Filho. Como ele mora nos Estados Unidos, a tramitação tem sido mais lenta. Figueiredo não apresentou resposta à denúncia, e a Defensoria Pública da União precisou ser nomeada para fazer esse papel.

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