Brasil

Até 2016, AGU pretende resgatar 25% dos recursos desviados

A meta foi anunciada hoje (23) pela procuradora-geral da União, Helena Maria de Oliveira Bettero

O advogado Marcelo Bessa, do Grupo OK: a AGU firmou nesta quinta-feira um acordo inédito, no valor de R$ 468 milhões, com o Grupo OK (Antonio Cruz/ABr)

O advogado Marcelo Bessa, do Grupo OK: a AGU firmou nesta quinta-feira um acordo inédito, no valor de R$ 468 milhões, com o Grupo OK (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 13h45.

Brasília – A Advocacia-Geral da União (AGU) pretende resgatar 25% do total de recursos desviados dos cofres públicos federais nos próximos quatro anos. A meta foi anunciada hoje (23) pela procuradora-geral da União, Helena Maria de Oliveira Bettero. Ela disse que 15% já foram resgatados até agosto deste ano e que a média anterior era 1% ao ano.

A AGU firmou nesta quinta-feira um acordo inédito, no valor de R$ 468 milhões, com o Grupo OK, do empresário e ex-senador Luiz Estevão. Pelo acordo, Estevão se comprometeu a pagar R$ 80 milhões à vista - o restante, R$ 338 milhões, será pago em 96 parcelas, no valor de R$ 4 milhões.

Os valores referem-se a duas ações de execução de decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) relativos ao desvio de recursos destinados à construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, na década de 1990. O dinheiro será repassado aos cofres do Tesouro Nacional. Uma das ações cobra a multa e outra o débito principal do valor desviado da obra.

Como garantia de que o pagamento das 96 parcelas será feito, a AGU manterá 1.250 imóveis penhorados, além de R$ 2,5 milhões por mês de aluguéis em crédito e mais a penhora de R$ 30 milhões do Grupo OK.

O diretor de Patrimônio da AGU, André Mendonça, que esteve à frente das negociações para o acordo com Estevão, ressaltou que ainda há muito o que fazer. “Representa o paradigma para outros casos [de resgastes relativos à] corrupção. Mas ainda há muito o que fazer. Isso possibilita a maior recuperação da história do Brasil”, disse ele.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCorrupçãoEscândalosFraudesJustiçaMetrópoles globaisSão Paulo capital

Mais de Brasil

Recuperação da popularidade de Lula perde fôlego e reprovação chega a 40%, diz Datafolha

Itamaraty entrega a autoridades italianas pedido de extradição de Carla Zambelli

Moraes diz em julgamento no STF que redes sociais permitem ações 'criminosas' contra crianças

MP do governo prevê mudança em cargos da Receita Federal com custo de R$ 12,9 milhões por ano