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Audiência pública na Câmara sobre embargo da UE à carne de frango é adiada

A audiência que foi adiada para a semana que vem vai debater o embargo à importação de carne de frango da BRF e de outras empresas pela União Europeia

Carne de frango: falta de quórum levou ao adiamento da audiência que discutirá o embargo ao produto (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Carne de frango: falta de quórum levou ao adiamento da audiência que discutirá o embargo ao produto (Rodolfo Buhrer/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de junho de 2018 às 16h03.

Última atualização em 19 de junho de 2018 às 18h30.

Brasília - A audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, com a participação do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que ocorreria na tarde desta terça-feira, 19, foi adiada para próxima terça-feira, 26, às 9h.

O ministro já estava na Câmara, mas falta quórum, pois parlamentares integrantes da comissão participam da tensa reunião que discute novas regras para os agrotóxicos.

A audiência que foi adiada para a semana que vem vai debater o embargo à importação de carne de frango da BRF e de outras empresas pela União Europeia (UE).

Frete

Antes do anúncio do adiamento da audiência, o ministro Blairo Maggi, que já estava na Câmara, afirmou que a comercialização do milho e da soja está travada por causa da indefinição de preços de frete rodoviário. "Pergunte a qualquer produtor: ele tem soja e milho para vender, mas não vende porque não sabe quanto será o frete." Como a atual safra começou a ser colhida em janeiro e fevereiro, aproximadamente metade da produção brasileira ainda enfrenta esse problema.

O ministro acrescentou que o problema relatado pelo jornal O Estado de S. Paulo no último dia 12, de cerca de 60 navios parados à espera de carga, continua. Ele disse não saber exatamente quantos são. "Mas alguns vão embora, e outros chegam", disse. "O problema continua."

O ministro explicou que parte dos grãos vem sendo embarcada porque já estava contratada, inclusive com o preço do frete. Mas há uma parte da produção que ainda não foi comercializada. E não será vendida enquanto não se souber qual será o custo do transporte.

Maggi já se declarou "pessoalmente" contrário ao tabelamento do frete. "Mas o governo tem uma posição", ressalvou. Ele disse que uma "tabela realista" poderia ser aceita.

Caminhoneiros e embarcadores, com a intermediação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estavam iniciando discussões em busca de uma tabela de consenso quando, na semana passada, o debate foi transferido para o Supremo Tribunal Federal (STF). A corte analisa se a Medida Provisória 832, que estabeleceu o preço mínimo do frete, é constitucional. A questão é relatada pelo ministro Luiz Fux, que marcou para amanhã uma audiência de conciliação.

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