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Azeredo renuncia ao mandato de deputado federal

Na carta de renúncia, o tucano réu no processo do Mensalão Mineiro reclamou de ataques e pressões de adversários


	O deputado Eduardo Azeredo: "deixo o Parlamento para dedicar todos os meus dias à defesa de minha honra e de minha liberdade", afirmou no documento
 (Roosewelt Pinheiro/ABr)

O deputado Eduardo Azeredo: "deixo o Parlamento para dedicar todos os meus dias à defesa de minha honra e de minha liberdade", afirmou no documento (Roosewelt Pinheiro/ABr)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 14h08.

Brasília - O deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) apresentou, nesta quarta-feira, sua carta de renúncia à Câmara dos Deputados. Em três páginas, o tucano réu no processo do Mensalão Mineiro reclamou de ataques e pressões de adversários e disse que não aceitará que seu nome e o de seu partido sejam "enxovalhados".

"Minhas forças já se exaurem, com sério risco para a minha saúde e para a integridade de minha família. Não aceito que o meu nome continue sendo enxovalhado, que meus eleitores sejam vítimas, como eu, de mais decepções, e que sejam atingidos o meu amado Estado de Minas Gerais e o meu partido, o PSDB", afirma Azeredo.

Na carta, Azeredo diz que uma "tragédia" desabou sobre ele e sua família e que as acusações da Procuradoria Geral da República "são desumanas". "As alegações injustas, agressivas, radicais e desumanas da PGR formaram a tormenta que me condena a priori e configuram mais uma antiga e hedionda denúncia da Inquisição do que uma peça acusatória do Ministério Público", declara.

Azeredo enfatizou que a denúncia da PGR tem como base testemunhos e documentos falsos e que ele não é culpado de peculato e lavagem de dinheiro, como acusa a PGR. Ele ressaltou que foi transformado em "alvo político" para compensar os delitos dos outros. "Insisto em que as responsabilidades de um governador são semelhantes e proporcionais às de um presidente da República!", escreveu.

Ao final, Azeredo alegou que preferia renunciar para não se sujeitar "a execração pública" por ser deputado. "Deixo o Parlamento para dedicar todos os meus dias à defesa de minha honra e de minha liberdade", afirmou.

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