Brasil

Ban Ki-moon elogia Brasil por verdades sobre a ditadura

Relatório da comissão estabelece que, entre 1964 e 1985, perseguições, torturas e execuções deixaram pelo menos 434 mortos ou desaparecidos


	Ban Ki-moon: "as Nações Unidas apoiaram e apoiam os esforços no mundo todo para revelar os reais fatos que terminaram em graves violações dos direitos humanos"
 (Haidar Hamdani/AFP)

Ban Ki-moon: "as Nações Unidas apoiaram e apoiam os esforços no mundo todo para revelar os reais fatos que terminaram em graves violações dos direitos humanos" (Haidar Hamdani/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 12h03.

Brasília - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, enviou uma mensagem à Comissão da Verdade do Brasil, que nesta quarta-feira apresentou seu relatório final sobre violações de direitos humanos na ditadura, no qual celebrou que o país tenha estabelecido a verdade histórica sobre esses crimes.

"As Nações Unidas apoiaram e apoiam os esforços no mundo todo para revelar os reais fatos que terminaram em graves violações dos direitos humanos", diz a mensagem, divulgada pelo escritório desse organismo multinacional no Brasil.

O relatório da comissão estabelece que entre 1964 e 1985, quando o país foi governado por uma ferrenha ditadura, as perseguições, torturas e execuções foram "sistemáticas" e deixaram pelo menos 434 mortos ou desaparecidos.

Em sua mensagem, o secretário-geral da ONU sustentou que "informar à sociedade e estimular o diálogo sobre as liberdades fundamentais, e como estas foram violadas, é uma salvaguarda vital contra a repetição desses abusos".

A mensagem aponta, além disso, que "todas as vítimas têm direito de saber a verdade sobre as violações sofridas" e afirma que "as Nações Unidas estão ao lado de todos os brasileiros na lembrança de suas perdas e em seus esforços para fortalecer a proteção dos direitos humanos e promover a reconciliação nacional".

O relatório foi apresentado nesta quarta-feira, em cerimônia liderada pela presidente Dilma Rousseff, que em sua juventude passou quase três anos presa e sofreu torturas por seus vínculos com um grupo que pegou em armas contra o regime militar.

Ao receber o documento, a governante destacou o fato de que foi publicado hoje, coincidindo com a celebração do Dia Internacional de Direitos Humanos, o que considerou "um tributo a todos os homens e mulheres do mudo que lutaram pela democracia e ajudaram a fazer a humanidade melhor".

Acompanhe tudo sobre:Direitos HumanosDitaduraGovernoONU

Mais de Brasil

Defesa Civil emite alerta severo de chuvas para São Paulo na tarde desta terça

Tarcísio diz que denúncia da PGR contra Bolsonaro 'não faz sentido nenhum' e critica 'revanchismo'

Pé-de-Meia: como funciona o programa e como sacar o primeiro pagamento