Brasil

Berzoini defende mudanças no ICMS sobre telecomunicações

O imposto é regulado pelos governos estaduais e, na média, representa 25% do valor final pago pelo usuário dos serviços de telefonia


	Ricardo Berzoini: o governo estuda uma forma de tornar a banda larga um serviço público universal sem tirar a competitividade das empresas
 (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Ricardo Berzoini: o governo estuda uma forma de tornar a banda larga um serviço público universal sem tirar a competitividade das empresas (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 12h42.

Brasília - O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, defendeu mudanças na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre o segmento de telecomunicações. "Temos de resolver o papel do ICMS no setor de comunicações", disse.

O ICMS é regulado pelos governos estaduais e, na média, representa 25% do valor final pago pelo usuário dos serviços de telefonia.

Por isso, Berzoini colocou a mudança do regime tributário como parte de uma reforma mais ampla para "alinhar com o resto do mundo" a oferta de serviços no Brasil, incluindo "mecanismo fáceis de arrecadação".

O ministro participou nesta terça-feira, 10, do Seminário Política de (Tele)Comunicações 2015, realizado na Universidade de Brasília (UnB), onde disse que o governo estuda uma forma de tornar a banda larga um serviço público universal sem tirar a competitividade das empresas.

"Estamos pensando nesta direção, sem prejudicar o mercado competitivo, e sem regulação que produza resultados contrários ao interesse público. Mas precisamos assegurar que o acesso seja tratado como um serviço público", afirmou.

Segundo Berzoini, o governo prepara para este semestre o programa Banda Larga para Todos, com metas estabelecidas até 2018. O ministro disse que o programa de universalização da banda larga não será alvo do aperto orçamentário conduzido pelo Palácio do Planalto para recuperar o equilíbrio fiscal.

"As restrições orçamentárias se priorizam dentro de governo. Haverá recursos orçamentários."

O ministro sugeriu também que se abra um debate sobre o marco regulatório da radiodifusão, que incluiria fazer valer a restrição constitucional à propriedade de emissoras de rádio e televisão por políticos, além da regulação de doações a campanhas eleitorais.

"Estas são duas sombras que poluem a atividade política e que podem ser debatidas, para o bem da própria atividade política. Se não enfrentarmos de maneira objetiva, teremos retrocessos que serão inevitáveis", disse.

Acompanhe tudo sobre:ICMSImpostosLeãoMinistério das Comunicações

Mais de Brasil

Cidade do Rio pode ter o dia mais frio do ano nesta quinta-feira; veja previsão

Com maioria formada para ampliar responsabilização de plataformas, STF continua julgamento

CPI das Bets vota relatório final com pedido de indiciamento de influenciadoras

Senado aprova fim de atenuante de idade para crimes de estupro