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Bolsonaro diz que médico trata o caso dele como grave e que foi 'derrubado pelo próprio corpo'

Ex-presidente disse ainda que deverá passar por uma cirurgia em Brasília ou São Paulo

Foto de Bolsonaro sendo socorrido compartilhada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha (Reprodução/Redes sociais)

Foto de Bolsonaro sendo socorrido compartilhada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha (Reprodução/Redes sociais)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 12 de abril de 2025 às 16h16.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que sofreu uma obstrução intestinal na sexta-feira decorrente do ataque com faca que sofreu em 2018, disse neste sábado que “as maiores batalhas, muitas vezes, não se travam em praça pública, mas dentro de nós” e declarou que o médico que o acompanha trata seu caso como grave.

– O Dr. Claudio Birolini me explicou que este foi o quadro mais grave desde o atentado que quase me tirou a vida em 2018. Momentos assim lembram que as maiores batalhas, muitas vezes, não se travam em praça pública, mas dentro de nós – publicou o ex-presidente nas redes sociais.

– Passamos a vida prontos pra qualquer batalha: política, jurídica, eleitoral, física até... Mas às vezes o que nos derruba não é o inimigo de fora, é o nosso próprio corpo – também disse Bolsonaro.

Ele também afirmou que minimizou sua situação de saúde, mas disse que posteriormente "até os médicos se surpreenderam" com a situação dele.

– Ontem fui internado às pressas com dores intensas e uma forte distensão abdominal, talvez sem me dar conta da gravidade da situação. Depois de tantos episódios semelhantes ao longo dos últimos anos, fui me acostumando com a dor e com o desconforto. Mas, desta vez, até os médicos se surpreenderam.

No início da tarde hoje, o médico Claudio Birolini, que acompanha o ex-presidente disse em entrevista coletiva em Natal que o caso é o pior enfrentado por Bolsonaro desde quando levou a facada em 2018.

– Da forma como ele chegou, bastante desidratado, com muita dor e distensão abdominal exuberante, dá para dizer com alguma segurança que esse foi o quadro mais exuberante em relação aos anteriores. Embora eu não tenha acompanhado presencialmente as outras ocasiões - declarou.

Bolsonaro ainda disse que deverá passar por uma cirurgia. O ex-presidente passou mal quando participava de um ato político no Rio Grande do Norte ontem. Ele está em Natal e deverá chegar em Brasília na noite de hoje.

De acordo com a mensagem publicada por Bolsonaro nas redes sociais, a cirurgia poderá acontecer em Brasília ou em São Paulo, caso ele seja novamente transferido.

– Estou estável, em recuperação, e mais uma vez cercado por profissionais competentes, a quem só posso agradecer. Em Brasília ou em São Paulo, após minha transferência, provavelmente passarei por uma nova cirurgia.

Mais cedo neste sábado, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), já havia falado sobre a possibilidade de cirurgia e confirmou que Bolsonaro será transportado hoje de Natal para Brasília em um avião que funcionará como Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Móvel.

– A equipe médica que o acompanha está muito segura do quadro do presidente. Chegou na madrugada o médico da equipe que o acompanha já há algum tempo, que é o doutor Cláudio (Biroline). Eles entenderam que há uma necessidade de deslocá-lo para Brasília. Tem um avião que deve estar chegando nas próximas horas em Natal, uma UTI móvel que poderá levá-lo até Brasília e ele vai ficar hospitalizado no DF Star – declarou Marinho.

– Lá se tomará a decisão de qual será o procedimento a seguir. Esse quadro é um quadro que ele tem desde 2018, são quatro operações que ele fez decorrentes das consequências desse atentado à vida dele em 2018. Os médicos vão avaliar se há necessidade de fazer alguma intervenção – havia dito também o senador.

O ex-presidente passou mal no Rio Grande do Norte, na manhã desta sexta-feira. Bolsonaro deu entrada em um hospital na cidade de Santa Cruz, a 115 quilômetros da capital potiguar, e depois foi transferido para Natal. O ex-presidente deu entrada no hospital Rio Grande às 11h15 de ontem, segundo boletim médico, com quadro de distensão abdominal e dor.

O líder da oposição também disse que há um apoio logístico das forças federal, estadual e municipal de segurança para garantir que a ida do ex-presidente ao aeroporto aconteça sem tumultos.

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