Agência de notícias
Publicado em 2 de setembro de 2025 às 18h59.
Última atualização em 2 de setembro de 2025 às 19h09.
Os advogados Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno, que representam Jair Bolsonaro, afirmaram nesta terça-feira que o ex-presidente não virá à segunda sessão do julgamento do núcleo central da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), prevista para esta quarta-feira, 3.
Os dois advogados vão fazer a sustentação oral, momento em que apresentam os argumentos da defesa, durante 1 hora diante dos ministros da Primeira Turma da Corte.
— Por enquanto, o presidente não virá. Ele tem uma saúde debilitada, é bastante extenuante uma sessão aqui. A saúde dele hoje não permite. É uma orientação (não vir) — disse Bueno após o primeiro dia do julgamento.
Bueno disse que "os elementos de prova são muito carentes e a acusação muito frágil".
— Acreditamos que a bom termo e seguindo uma linha estritamente jurídica essa denúncia é fadada à improcedência — afirmou.
A defesa de Bolsonaro insiste que as acusações de golpe de Estado são "uma narrativa" da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O advogado disse que a defesa ainda cogita tentar levar o julgamento para o pleno do STF. No momento, o caso é julgado pela Primeira Turma.
Celso Vilardi disse que a primeira sessão do julgamento do núcleo central, do qual Bolsonaro faz parte, "foi como todo o mundo esperava". Ele diz que os problemas de saúde do ex-presidente lhe impedem de ir à sessão do julgamento nesta quarta, mas não descarta que Bolsonaro venha nas demais sessões caso apresente melhora em seu quadro de soluços e mal-estar gástrico.
Vilardi disse também que deve "responder ponto a ponto o que foi dito" pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.