Publicado em 5 de julho de 2025 às 17h32.
Última atualização em 5 de julho de 2025 às 17h35.
O governo brasileiro assinou neste sábado, 5, uma carta de intenções com a estatal chinesa CGN Energy para promover a cooperação técnica em transição energética, sustentabilidade e sobre o uso pacífico e sustentável dos recursos minerais nucleares no Brasil.
O termo foi assinado por Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, em meio às reuniões do Brics, no Rio de Janeiro. O grupo chinês já tem investimento previsto de R$ 3 bilhões em projetos de energia renovável no país.
“Queremos avançar nas parcerias com a China para ampliarmos ainda mais a geração de energia limpa e renovável no Brasil, fortalecendo nosso papel de protagonista na transição energética global, além de desenvolver a cadeia mineral em nosso país”, afirmou o ministro.
O acordo estabelece uma plataforma institucional de cooperação em pesquisa, desenvolvimento e inovação em tecnologias energéticas sustentáveis.
Segundo o ministério, o instrumento contempla ações voltadas à geração, armazenamento e digitalização de energia, bem como ao fortalecimento de capacidades técnicas e institucionais, em alinhamento com os compromissos de transição energética e sustentabilidade.
Também estão previstas ações conjuntas em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), com foco na modernização tecnológica da cadeia mineral, incluindo o fortalecimento da capacidade nacional em pesquisa, desenvolvimento, inovação e industrialização.
No escopo do acordo está previsto o desenvolvimento de cooperação técnica com universidades, centros de pesquisa e instituições públicas ou privadas especializadas em processamento mineral, ciência de materiais e gestão sustentável de recursos.
Com capacidade instalada que ultrapassa 77 gigawatts, a CGN é a maior companhia de energia nuclear da China e a terceira maior do mundo.
A CGN Brazil Energy (CGNBE) atua no Brasil desde 2019 com investimentos no desenvolvimento, implantação e operação de projetos de geração de energia elétrica proveniente de fontes renováveis.
Até o momento, o grupo conta com 7 complexos eólicos e 3 complexos solares no país, localizados nos estados da Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Ceará, que juntos somam mais de 1,4GW de capacidade instalada.