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Brasil e Paraguai retomam negociações sobre acordo de Itaipu

Os chanceleres dos dois países anunciaram a retomada das negociações sobre a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu após a revelação de operações da Abin em território paraguaio

Ministro Mauro Vieira e o chanceler do Paraguai, Rubén Ramírez: o Anexo C define as regras financeiras e operacionais de Itaipu (MRE/Divulgação)

Ministro Mauro Vieira e o chanceler do Paraguai, Rubén Ramírez: o Anexo C define as regras financeiras e operacionais de Itaipu (MRE/Divulgação)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 17 de novembro de 2025 às 13h53.

Paraguai e Brasil anunciaram nesta segunda-feira, 17, a retomada das negociações sobre a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu.

Em nota conjunta, o chanceler brasileiro Mauro Vieira e o chanceler paraguaio Rubén Ramírez Lezcano informaram que as negociações serão retomadas na primeira quinzena de dezembro de 2025.

As tratativas estavam paralisadas desde a revelação de operações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em território paraguaio entre 2022 e 2023.

Relação Brasil-Paraguai

As regras financeiras e operacionais de Itaipu são regidas pelo Anexo C, que precisava ser revisto após completar 50 anos em 2023.

Como envolve diretamente os interesses econômicos dos dois países, o tema é considerado o pilar da relação entre Brasil e Paraguai. Parte das ações da Abin buscava justamente informações estratégicas sobre as negociações.

Em comunicado, os chanceleres disseram que se reuniram “a fim de analisar a agenda bilateral” e avançar na normalização das relações. Vieira entregou um relatório confidencial com os esclarecimentos solicitados pelo Paraguai sobre as ações da Abin.

O texto afirma que o governo do presidente Lula “tornou sem efeito a operação tão logo dela tomou conhecimento” e que o chanceler brasileiro lamentou “o impacto desse episódio na relação bilateral”, garantindo que o Brasil está adotando medidas para “identificar os envolvidos e permitir sua responsabilização judicial”.

Ainda de acordo com a nota, Lezcano afirmou que, após receber o relatório e ouvir as explicações, o governo paraguaio considera o assunto encerrado.

*Com informações de O Globo

 

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