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Brasil supera 150 mil mortes por covid-19

No mesmo período, o país registrou 16.293 novos casos de contaminação por covid-19, elevando o número total para 5.073.483.

Covid-19: Brasil ultrapassou a marca de 150 mil mortes pela doença (Alex Pazuello/Semcom/Divulgação)

Covid-19: Brasil ultrapassou a marca de 150 mil mortes pela doença (Alex Pazuello/Semcom/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2020 às 15h52.

O Consórcio de Imprensa atualizou na tarde deste sábado, 10, os dados referentes à covid-19. Nesse novo boletim, o Brasil ultrapassou a marca de 150 mil mortes pela doença. Desde as 20h de sexta-feira, 9, foram relatadas 331 mortes, aumentando para 150.023 o total de óbitos.

No mesmo período, o país registrou 16.293 novos casos de contaminação por covid-19, elevando o número total para 5.073.483. Os dados são do levantamento conjunto feito pelos veículos de comunicação Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha de S.Paulo e UOL nas secretarias estaduais de Saúde.

“Ainda é incerto falar em fim da primeira onda, porque em muitos locais o número de óbitos ainda não está baixo o suficiente para caracterizar o fim de uma “onda”. Em alguns desses locais houve um pico de óbitos seguido de um período de queda, sem contudo zerar o número de casos”, avaliam os pesquisadores do Observatório COVID-19 BR, Roberto Kraenkel (Unesp) e Paulo Inácio Prado (USP).

Para o vice-diretor do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fiocruz, Christovam Barcellos, o pico da doença foi registrado nos meses de julho e agosto. “Depois abaixou, mas ficou em um patamar muito alto. Depois de setembro a gente vai poder dizer se realmente está caindo. Acredito que este valores ainda vão se prolongar altos até dezembro e janeiro de 2021”, diz Barcellos.

Caso Brasil

Diferentemente de outros países, o Brasil demorou muito tempo para atingir 500 mil casos. Da confirmação do primeiro infectado, no dia 26 de fevereiro, até este patamar, foram pouco mais de 3 meses. Menos de um mês depois o país chegava a um milhão de casos. Desde então, a cada 30 dias outro milhão de casos é adicionado ao balanço total da pandemia de covid-19.

Não há uma epidemia de covid-19 no Brasil, mas muitas. Há estados e cidades que tiveram um crescimento de casos muito rápido e uma queda também rápida. Em outros lugares os casos foram subindo mais lentamente, em degraus. E muitos outros padrões de subida e descida, em diferentes momentos”, explicam os pesquisadores do Observatório COVID-19 BR.

O Brasil é o terceiro em número de casos no mundo, só atrás dos Estados Unidos, com mais de 7,5 milhões, e da Índia, com 6,7 milhões. Em relação a mortes, o país só está atrás dos Estados Unidos, que contabiliza mais de 200 mil óbitos. Os dados são da Universidade Johns Hopkins.

Quando teremos vacina?

A pandemia deve começar a dar sinais de controle somente quando uma vacina se mostrar segura e capaz de imunizar toda a população brasileira.

Há várias possíveis candidatas mas duas estão mais na frente, quando se fala em fase de testagem: a de Oxford, desenvolvida com o laboratório AstraZeneca, e a chinesa do laboratório Sinonac, feita em parceria com o Instituto Butantan.

O Ministério da Saúde apresentou, nesta quinta-feira, 8, detalhes do acordo que firmou com a aliança global de países para ter acesso a uma vacina contra a covid-19. As duas doses necessárias para garantir imunidade a uma pessoa vão custar 21 dólares — cerca de 117 reais — cálculo previsto pelo governo. Tudo será financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prometeu começar a imunizar a população a partir do dia 15 de dezembro O Ministério da Saúde, que comprou lotes da vacina inglesa, pretende iniciar a vacinação somente em janeiro de 2021.

Christovam Barcellos, da Fiocruz, acredita que é pouco provável que uma campanha de imunização comece ainda em 2021. E mesmo depois que a aplicação seja feita, vai ser necessário um acompanhamento de perto das autoridades sanitárias. A grande dúvida é se a vacina da covid-19 vai ser eficaz uma única vez na vida, ou se vai ser um calendário anual, como é o caso da gripe.

País receberá 140 milhões de doses da vacina

Na quinta-feira, 8, o Ministério da Saúde anunciou que o país deverá contar com 140 milhões de doses da vacina contra o coronavírus até o primeiro semestre do ano que vem.

Por meio do programa Covax Facility, da Organização Mundial da Saúde, serão recebidas cerca de 40 milhões de doses para 10% da população, o que equivale a cerca de 20 milhões de pessoas — em caso de vacinas que necessitem de duas doses. As outras 100 milhões virão do acordo com o laboratório AstraZeneca, que desenvolve o imunizante em parceria com a Universidade de Oxford.

O governo federal reforçou que a previsão de começar a imunizar a população continua para o primeiro trimestre de 2021, considerando os prognósticos, acompanhamento e escala produtiva que está se desenhando, mas lembrou que “existe uma possibilidade de atraso”. O plano de estratégia de vacinação está em estudo e deve ser divulgado entre novembro e dezembro.

O Ministério da Saúde está desenvolvendo uma plataforma virtual para agilizar e organizar a aplicação da vacina contra a covid-19. O cadastro será feito por meio do CPF. O objetivo é garantir que a população se imunize apenas uma vez, caso um governo local também disponibilize um outro imunizante, por exemplo.

Mundo registra aumento recorde de casos diários

A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou um aumento diário recorde de casos globais do novo coronavírus nessa quinta-feira (8), quando o total foi de 338.779 em 24 horas, liderado por uma disparada de infecções na Europa.

A Europa relatou 96.996 casos novos, o maior total da região já registrado pela OMS. As mortes globais aumentaram 5.514 e chegaram a 1,05 milhão.

O recorde anterior de casos novos notificados pela OMS foi de 330.340 no dia 2 de outubro. A agência registrou o recorde de 12.393 mortes em 17 de abril.

Como região, a Europa está relatando mais casos do que a Índia, o Brasil ou os Estados Unidos. A Índia relatou 78.524 casos novos, seguida pelo Brasil com 41.906 e os EUA com 38.904, de acordo com a OMS, cujos dados são menos atualizados do que os relatórios diários de cada país.

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