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Brasileiros estão casando menos e se divorciando mais, mostra IBGE; veja os dados por estado

Desde a pandemia, não houve mais de um milhão de uniões oficializadas em um único ano no país

IBGE: número de casamentos foi 3% menor do que em 2022 (Peter Dazeley/Getty Images)

IBGE: número de casamentos foi 3% menor do que em 2022 (Peter Dazeley/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 16 de maio de 2025 às 11h31.

Em 2023, houve 940.799 casamentos no Brasil, mas também aconteceram 440.827 divórcios. Segundo os dados do IBGE, na pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2023, divulgada nesta sexta-feira, as uniões estão diminuindo no país, enquanto as separações estão crescendo.

O número de casamentos foi 3% menor do que em 2022, e o de divórcios 5% maior no mesmo comparativo. A única modalidade de casamento que aumentou foi o homoafetivo, em especial entre mulheres. A série histórica mostra que, até a pandemia, o Brasil tinha um patamar de pelo menos 1 milhão de casamentos anuais, quantidade que até agora não foi recuperada. De 2015 a 2019, a média anual foi de 1.076 milhão.

As regiões Sudeste (-5,0%) e Norte (-4,0%) tiveram as maiores reduções em relação a 2022. Apenas o Centro-Oeste teve aumento, pequeno, de 0,8%. Com isso, a taxa de nupcialidade, que é o número de casamentos em relação à população de 15 anos ou mais de idade, ficou em 5,6 em 2023. O índice só não é menor do que o registrado na pandemia, em 2020: 4,5. Em 1980, quando se iniciou essa série histórica, a taxa era de 12,2.

As maiores taxas de nupcialidade ficam em Rondônia (9,1), Acre (8,5), Distrito Federal (7,9), Mato Grosso (7) e Espírito Santo (6,9). Já as menores ficam no Piauí (3,7), Sergipe (3,8), Rio Grande do Sul (3,9), Maranhão (4,6), Rio Grande do Norte (4,7) e Amazonas (4,7).

Os dados também mostram mudanças nas faixas etárias dos noivos ao logo do tempo. Em 2003, 87% dos casamentos heterossexuais aconteceram entre homens de 15 a 39 anos; 20 anos depois esse percentual caiu para 68%. No caso das mulheres, a porcentagem caiu de 91,8% para 75%, nessa faixa etária.

Enquanto isso, houve crescimento acentuado das uniões entre pessoas de 40 anos ou mais. No caso dos homens nessa faixa etária, eles eram 13% dos noivos de 2003, e passaram a ser 31,3% em 2023. A evolução percentual das noivas com mais de 40 anos foi de 8,2% para 25% em 20 anos.

Os casamentos homoafetivos acontecem, em média, com noivos mais velhos do que no caso dos heteronormativos. De acordo com os dados, em 2023, homens que se casaram com homens tinham 34,7 anos em média. No caso das mulheres homossexuais a idade média foi de 32,7. Nas uniões de sexos opostos, as mulheres tinham 29,2 anos em média, e os homens, 31,5.

Também houve diminuição dos casamentos em que ambos noivos são solteiros, e aumento nos casamentos em que pelo menos um é divorciado. Em 2003, ambos eram solteiros em 87% das uniões, o que caiu para 68,7% em 2023.

Alta de divórcios

Segundo a pesquisa, 47,8% dos divórcios acontecem em menos de 10 anos de casamento. Em 2023, houve redução desse tempo médio. Em 2010, a duração média de um casamento, até a oficialização do divórcio, foi de 15,9 anos. Em 2023 passou para 13,8 anos.

Dos 440.827 divórcios, 82% foram judiciais, e o restante extrajudicial. A idade média de mulheres quando divorciaram em 2023 foi de 41,4 anos, e a de homens de 44,3 anos.

Além disso, em 2023, 53,3% dos divórcios aconteceram entre casais com filhos menores de idade. A guarda compartilhada aumentou muito a partir da lei que regulamentou essa possibilidade, em 2014. Em 2023, 45,5% das mulheres ficaram responsáveis pela guarda, mas ambos os pais foram responsáveis pela guarda em 42,3% dos casos.

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