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Brasileiros percebem mais desinformação em política e evitam compartilhar posts falsos

Levantamento mostra que 70% da população não repassa conteúdos rotulados como enganosos

Agência o Globo
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Publicado em 22 de setembro de 2025 às 10h23.

A percepção de desinformação digital é mais intensa em temas políticos e eleitorais no Brasil, segundo estudo do InternetLab em parceria com a Rede Conhecimento Social, divulgado nesta segunda-feira, 22.

Para 37% dos brasileiros, tudo ou quase tudo o que circula sobre eleições é formado por notícias falsas. Em relação à política em geral, 27% têm essa mesma percepção, enquanto apenas 11% acreditam que informações sobre o cotidiano, como preços de alimentos, sejam majoritariamente falsas.

Estudo analisou 19 países

A pesquisa “Vetores e implicações da desordem informacional na América Latina” realizou 6.065 entrevistas em julho de 2024 no Brasil e em outros 18 países. A margem de erro é de três pontos percentuais.

No Brasil, familiares e amigos aparecem como fontes de confiança mais lembradas que em outros países da região. Cerca de 24% dos entrevistados disseram confiar em familiares para checar informações, contra 18% na média latino-americana. Amigos foram citados por 17% e 15% afirmaram confiar em si mesmos.

Plataformas e checagem ativa

Entre os usuários brasileiros de internet, 70% afirmam não compartilhar conteúdos marcados como falsos ou enganosos pelas plataformas. O levantamento mostra que a população assume um papel ativo na verificação de informações, utilizando diversas ferramentas para cruzar dados.

O Google é o recurso mais citado, apontado por 64% dos entrevistados como principal meio de busca de notícias. Em seguida aparecem Instagram (54%), YouTube (45%) e Facebook (23%).

Fontes de informação

O estudo também mostra que 77% dos brasileiros utilizam mais de uma fonte para se informar sobre o noticiário diário. Entre eles, 59% disseram ter contato inicial com notícias em redes sociais ou aplicativos de mensagens.

Desses, 48% verificam posteriormente as informações em outras fontes online, enquanto 22% recorrem a TV ou rádio. Os 30% restantes afirmaram não buscar confirmação adicional.

Diferenças na América Latina

O levantamento destaca contrastes regionais. No México, por exemplo, 69% dos usuários compartilham notícias pelo Facebook, quase o dobro do Brasil, que registra 31%. Já no Cone Sul, composto por Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai, o YouTube ganha mais relevância, enquanto na América Central e no Caribe o TikTok se destaca como ferramenta informativa.

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