Brasil

Bruno e Dom: "Tem fundamento", diz delegado sobre versão de novo suspeito

O homem foi identificado como Gabriel Pereira Dantas; ele procurou policiais na região da Praça da Sé, no centro de São Paulo, e disse que queria confessar o crime nesta quinta, 23

Bruno e Dom: de acordo com a Polícia Civil, novo suspeito teve depoimento "fundamentado" (AFP/AFP)

Bruno e Dom: de acordo com a Polícia Civil, novo suspeito teve depoimento "fundamentado" (AFP/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de junho de 2022 às 17h14.

Última atualização em 23 de junho de 2022 às 17h21.

O delegado Roberto Monteiro, da Delegacia de Polícia Civil Seccional Centro, disse nesta quinta-feira, 23, que a versão do homem que se apresentou na capital paulista para confessar participação no assassinato do indigenista Bruno Pereira e do repórter britânico Dom Phillips parece estar bem fundamentada.

"É uma versão que tem fundamento", afirmou. "Ele relata com muita riqueza de detalhes."

Ainda segundo o delegado, as informações prestadas pelo suspeito começaram a ser verificadas pela Polícia Civil. "Nós também confirmamos alguns álibis, algumas informações", acrescentou sem dar mais detalhes.

O crime aconteceu no último dia 5, na região do Vale do Javari, no Amazonas. A Polícia Federal (PF), responsável pela investigação, ainda não confirmou se ele está entre os suspeitos de envolvimento no duplo homicídio.

O homem foi identificado como Gabriel Pereira Dantas. Por voltas das 6 horas, ele procurou policiais na região da Praça da Sé, no centro de São Paulo, e disse que queria confessar o crime. O suspeito relatou ter participado diretamente dos assassinatos e da ocultação dos corpos.

A delegada Maria Cecília Castro Dias, titular do 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, foi quem tomou o depoimento. Ela entrou com um pedido urgente de prisão temporária na Justiça de São Paulo.

Caso Dom e Bruno: PF já identificou pelo menos oito suspeitos

Depoimento

Em depoimento à Polícia Civil, Dantas contou que, no dia do crime, estava bebendo com Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, que também já confessou participação do assassinato, quando os dois saíram de barco. Eles teriam encontrado a embarcação de Bruno e Dom no Rio Madeira, na altura da comunidade Vila Isabel.

O suspeito afirma que o jornalista e o indigenista não tinham "prática em andar rápido" e foram alcançados após uma perseguição. O novo preso atribui a execução a Pelado, que segundo ele usou uma espingarda calibre 16, mas confessa ter ajudado a ocultar os corpos e a afundar o barco das vítimas.

Dantas disse que deixou Atalaia do Norte após o crime. Ele afirma ter passado por Santarém (PA), Manaus e Rondonópolis (MT) antes de chegar na capital paulista, onde estava morando nas ruas. Um caminhoneiro, que segundo o suspeito teria lhe dado carona até São Paulo, está sendo ouvido na cidade de Rio Verde, Goiás, para testar a versão.

(Estadão Conteúdo)

Acompanhe tudo sobre:AmazôniaCrimecrime-no-brasil

Mais de Brasil

Minha Casa, Minha Vida: veja as mudanças aprovadas e quem pode participar do programa

Nunes nega candidatura ao governo de SP e diz que será ‘o maior cabo eleitoral’ de Tarcísio

Incêndio de grandes proporções atinge prédio da PUC, em Curitiba

Tarcísio abre nova frente de concessões ao encaminhar leilão de travessias de balsas