Brasil

Câmara anexa delação de Delcídio ao pedido de impeachment

Ontem, porém, Eduardo Cunha disse que não acrescentaria nada à peça em tramitação na Casa e que caberia à comissão especial analisar o pedido


	Dilma Rousseff: a intenção de aditar o pedido de impeachment já havia sido anunciada por líderes da oposição
 (Mario Tama/Getty Images)

Dilma Rousseff: a intenção de aditar o pedido de impeachment já havia sido anunciada por líderes da oposição (Mario Tama/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2016 às 21h30.

A Câmara dos Deputados decidiu hoje (17) anexar ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), ex-líder do governo no Senado, de acordo com informações do primeiro-secretário da Mesa, deputado Beto Mansur (PRB-SP).

Mansur foi o responsável por comunicar à Dilma sobre a abertura do processo.

“Estamos enviando o que foi lido no plenário [a representação inicial] e tem um nova informação, que é a delação premiada do Delcídio”, destacou Mansur pouco antes de se dirigir ao Palácio do Planalto para entregar a documentação ao ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.

Questionado sobre quem teria juntado os documentos, Mansur afirmou não saber quem determinou a juntada do documento, mas disse acreditar que teria sido feita pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a pedido de Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal, autores da representação.

Ontem (16), Cunha disse que não acrescentaria nada à peça em tramitação na Casa e que caberia à comissão especial analisar o pedido. “Está aqui no documento que estou levando. Recebi da Mesa Diretora e não sei quem decidiu”, informou Mansur.

“Entregar a documentação é minha responsabilidade. Caso a defesa da presidente [Dilma] queira questionar, ela poderá fazê-lo na comissão especial”, acrescentou.

A intenção de aditar o pedido de impeachment já havia sido anunciada por líderes da oposição, logo após a divulgação do documento pela imprensa.

A estratégia era que os responsáveis pela representação fariam o pedido de juntada do documento à Mesa Diretora da Câmara.

Na ocasião, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou que um aditamento ao pedido de impeachment tornaria o processo ilegal.

Líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) atribuiu o aditamento ao jogo político. Segundo ele, a questão será debatida na comissão especial do impeachment.

“Tudo isso estará dentro da comissão. São peças que já estão no tabuleiro. A comissão tem um fato, que é determinar se a presidente cometeu ou não um crime de responsabilidade. Pessoalmente, acredito que ela não cometeu”, concluiu Guimarães.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffPersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilImpeachmentCâmara dos DeputadosOperação Lava JatoDelcídio do Amaral

Mais de Brasil

Dez suspeitos são presos em operação contra falsificação de bebidas

Frente fria em 15 cidades provoca ventos acima de 100km/h no domingo

Mais concorrência reduzirá preço dos alimentos, diz Marinho sobre VR/VA

Máquinas agrícolas e hidrogênio verde: os planos da Fazenda na agenda verde