Brasil

Câmara aprova plano de R$ 3 bi em ações emergenciais para área da cultura

O dinheiro poderá ser usado para renda emergencial de R$ 600 dos profissionais da área; auxílio ser pago em três parcelas

Câmara: a proposta teve apoio de todos os partidos da Casa e segue agora para o Senado (Paulo Whitaker/Reuters)

Câmara: a proposta teve apoio de todos os partidos da Casa e segue agora para o Senado (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de maio de 2020 às 18h31.

Deputados aprovaram nesta terça-feira, 26, projeto sobre ações emergenciais de R$ 3 bilhões para a área da cultura durante a pandemia do coronavírus. A proposta teve apoio de todos os partidos da Casa e segue agora para o Senado.

A proposta de autoria da deputada Benedita da Silva (PT-RJ), além de outros quatro projetos apensados, e relatada por Jandira Feghali (PCdoB-RJ) determina que a União entregue aos Estados, Distrito Federal e municípios, em parcela única os R$ 3 bilhões.

O dinheiro poderá ser usado para renda emergencial dos profissionais da área de R$ 600, a ser paga em três parcelas. Essa ajuda não poderá ser recebida por aposentados, beneficiários de seguro-desemprego ou do auxílio-emergencial, entre outros pré-requisitos.

Do total, 20% deverá ser usado na manutenção de espaços artísticos e micro e pequenas empresas culturais, cooperativa e instituições que tiveram as suas atividades interrompidas por força das medidas de isolamento social. O valor máximo estabelecido é de R$ 10 mil.

Além disso, o montante poderá ser utilizado para editais, chamadas públicas, prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural.

O relatório de Feghali teve apoio do governo. "Junto com o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) conversamos sobre o projeto", disse o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO). Segundo ele, houve um acordo. A relatora retirou trechos aos quais o Executivo era contra e o Palácio do Planalto se comprometeu com a sanção da proposta.

O projeto inicial previa utilizar recursos do Tesouro Nacional e também do Fundo Nacional de Cultura, mas Feghali concordou em apenas usar o segundo recurso.

Pelo projeto, os valores serão repassados 50% aos Estados e ao Distrito Federal, sendo 20% de acordo com os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e 80% proporcionalmente à população. A outra metade irá aos municípios sendo 20% (vinte por cento) de acordo com os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e 80% (oitenta por cento) proporcionalmente à população.

A relatora sugere que a lei seja chamada de Aldir Blanc, homenagem ao artista vitimado pelo novo coronavírus.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCultura

Mais de Brasil

Defesa de Collor reitera pedido por prisão domiciliar com atestado de Parkinson e transtorno bipolar

Gilmar Mendes retira pedido e julgamento de Collor segue no plenário virtual

Bolsonaro segue na UTI, 'sem febre ou alterações da pressão', diz boletim médico

Desaceleração no fim de 2024 faz Brasil cair seis posições em ranking global da produção industrial