Brasil

Câmara aprova projeto do PT que exige transparência nos preços da Petrobras

O texto estabelece que a ANP deve informar mensalmente a composição dos preços médios dos combustíveis aos consumidores nas principais capitais do Brasil

Combustíveis: Os agentes econômicos que atuam no setor energético, por sua vez devem informar à ANP o custo médio de produção do petróleo ou do gás natural de origem nacional (José Cruz/Agência Brasil)

Combustíveis: Os agentes econômicos que atuam no setor energético, por sua vez devem informar à ANP o custo médio de produção do petróleo ou do gás natural de origem nacional (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de junho de 2022 às 06h43.

A Câmara aprovou na noite desta terça-feira, 7, o projeto de lei de autoria do líder do PT, Reginaldo Lopes (MG), que prevê regras de transparência para a composição dos preços de combustíveis definidos pela Petrobras. A proposta faz parte da "pauta energética" defendida pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Originalmente, também incluía um item que abria caminho para mudar a política de preços da estatal, hoje com paridade internacional, mas esse trecho foi retirado pelo relator, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP). Foram 363 votos favoráveis e 1 contrário. A matéria vai ao Senado.

O texto estabelece que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) deve informar mensalmente a composição dos preços médios da gasolina automotiva, do óleo diesel, do gás liquefeito de petróleo, do querosene de aviação e do etanol hidratado aos consumidores nas principais capitais.

LEIA TAMBÉM: Câmara aprova projeto de lei que prevê reembolso na tarifa de energia

Os agentes econômicos que atuam no setor energético, por sua vez devem informar à ANP o custo médio de produção do petróleo ou do gás natural de origem nacional; o custo médio de aquisição do petróleo, quando couber; o preço de faturamento na unidade produtora; o preço de faturamento dos importadores; a margem bruta de distribuição de combustíveis; a margem bruta de revenda de combustíveis automotivos; as tarifas dutoviárias até a base de distribuição, quando for o caso; o frete da unidade produtora até a base de distribuição ou, no caso do etanol hidratado, até o posto revendedor; o frete da base de distribuição até o posto revendedor; e os tributos.

"A busca por maior transparência na composição dos preços ao consumidor dos derivados de petróleo pretendida pela proposição é elogiável porque proporcionará maior concorrência no mercado e por via de consequência, menores preços para os brasileiros", diz trecho do parecer do relator.

Jardim também retirou do texto o mecanismo que proibia a Petrobras de exportar petróleo caso o mercado interno estivesse desabastecido. "Hoje, o petróleo e derivados é o terceiro item de exportação do nosso País", argumentou. Ele considera desnecessário criar medidas para garantir o abastecimento, já que os contratos de exploração de petróleo contam com cláusulas específicas.

LEIA TAMBÉM:

Defasagem no diesel chega a 13% e anularia efeito do pacote de Bolsonaro em 11 estados

Acompanhe tudo sobre:ANPCâmara dos DeputadosCombustíveisGás e combustíveisGasolinaPetrobraspostos-de-gasolina

Mais de Brasil

Eduardo Leite deixa aliados de sobreaviso sobre saída do PSDB e indica que pode se filiar ao PSD

Anvisa torna obrigatória retenção da receita para a venda de Ozempic

Veja como vai funcionar novo programa de perícias do INSS para diminuir fila

Relator da maior aposta de Lula, Lira diz que seria 'honraria' ocupar cargo de vice de Bolsonaro