Repórter
Publicado em 28 de outubro de 2025 às 21h28.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 28, o projeto que torna crime hediondo a falsificação de bebidas e alimentos quando causar morte ou lesão corporal grave, com penas que podem chegar a 15 anos de reclusão. Conhecida como PL do Metanol, a proposta segue agora para análise do Senado.
Sob a relatoria do deputado Kiko Celeguim (PT-SP), o texto ganhou urgência após o surto de intoxicações por bebidas adulteradas com metanol, que resultou em 58 casos confirmados, segundo dados recentes do Ministério da Saúde. A adulteração provocou reações graves como perda de visão e mortes, levando à mobilização de autoridades sanitárias e policiais em todo o país.
Originalmente, o projeto foi cogitado como veículo para abrigar dispositivos do pacote fiscal do governo, após a caducidade da medida provisória alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
No entanto, as medidas fiscais foram transferidas para outra proposta, agora sob relatoria do deputado Juscelino Filho (União-MA), que trata da regularização de bens móveis e imóveis e deve ser analisada ainda nesta semana.
Mesmo sem os trechos fiscais, o projeto foi tratado como prioridade na semana de esforço concentrado da Câmara, convocada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). A versão final aprovada mantém o foco na parte penal, endurecendo punições para falsificadores de bebidas, alimentos e medicamentos.
O Executivo terá 90 dias para regulamentar o sistema de rastreamento e definir as competências de cada órgão.
(Com informações da agência O Globo)