Brasil

Câmara: CCJ vota anistia a presos do 8/1 e analisa projetos contra STF

O projeto de anistia abrange os atos que promoveram bloqueios de estradas e acampamentos em frente aos quartéis

8 de janeiro: ação do Supremo pode ser limitada (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

8 de janeiro: ação do Supremo pode ser limitada (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Agência Brasil
Agência Brasil

Agência de notícias

Publicado em 9 de setembro de 2024 às 14h34.

Tudo sobreCâmara dos Deputados
Saiba mais

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados pode votar nesta terça-feira, 10, o projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos atos contra o resultado da eleição presidencial de 2022. Além disso, a CCJ pautou quatro projetos de lei que limitam a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF).

O projeto de anistia abrange os atos que promoveram bloqueios de estradas e acampamentos em frente aos quartéis, que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023, por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Detalhes do projeto de anistia

Segundo o artigo 1º do projeto de lei, “ficam anistiados manifestantes, caminhoneiros, empresários e todos os que tenham participado de manifestações nas rodovias nacionais, em frente a unidades militares ou em qualquer lugar do território nacional do dia 30 de outubro de 2022 ao dia de entrada em vigor desta Lei”.

A votação ocorre após um ato na avenida Paulista, em São Paulo, pedir a anistia aos envolvidos nos atos e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que conduz as investigações relacionadas ao suposto golpe de Estado.

Projetos para limitar ações do STF

Além do projeto de anistia, a CCJ analisará quatro projetos de lei que visam limitar a ação do STF. Essas propostas incluem:

  • Facilitação do impeachment dos ministros do Supremo
  • Limitação das decisões monocráticas da Corte
  • Permissão para que o parlamento suspenda decisões do STF
  • Inclusão da “usurpação de competência” como crime de responsabilidade

Os críticos apontam que essas propostas são uma resposta à ação do STF que suspendeu o pagamento de emendas parlamentares, buscando mais transparência no uso dos recursos públicos.

Justificativa e reação da oposição

O autor do projeto de anistia, o deputado major Vitor Hugo (PL/GO), justifica que os atos de bloqueio foram legítimos, conduzidos por cidadãos inconformados com o processo eleitoral. Já o deputado federal Orlando Silva (PCdoB/SP) afirmou que essa proposta “é uma provocação” e que os partidos contrários farão obstrução da matéria, ressaltando que a aprovação da anistia seria um “desprezo pela democracia”.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosSupremo Tribunal Federal (STF)Jair Bolsonaro

Mais de Brasil

Um ano após enchentes, falta de moradias dificulta recuperação de vítimas no RS

Lewandowski participa de audiência na Câmara após governo enviar PEC da Segurança

Por 6 votos a 4, STF decide manter prisão de Collor

Mendonça diverge de Moraes em julgamento no STF e defende revogar prisão de Collor