Brasil

Câmara diz que ainda não foi citada sobre suspensão da CPI

Em nota, a Câmara informou que não foi citada oficialmente e que “aguarda a citação para ter ciência dos termos da decisão e se manifestar”


	Manifestantes apoiam à suspensão da CPI dos Ônibus: atividades foram interrompidas, pois quatro dos cinco membros pertencem à base política do prefeito Eduardo Paes
 (Fernando Frazão/ABr)

Manifestantes apoiam à suspensão da CPI dos Ônibus: atividades foram interrompidas, pois quatro dos cinco membros pertencem à base política do prefeito Eduardo Paes (Fernando Frazão/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 13h01.

Rio de Janeiro – A presidência da Câmara Municipal ainda não se manifestou sobre a suspensão dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar os contratos entre a prefeitura e as empresas de ônibus do município. Em nota, a Câmara informou que não foi citada oficialmente e que “aguarda a citação para ter ciência dos termos da decisão e se manifestar”.

A juíza Roseli Nalin, da 5ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça, decidiu interromper temporariamente as atividades da comissão na tarde de ontem (22).

O pedido de suspensão foi feito pelos vereadores Eliomar Coelho, Paulo Pinheiro e Jefferson Moura, do PSOL, Reimont (PT) e Teresa Bergher (PSDB), que consideram ilegal a formação da comissão, pois quatro dos cinco membros não assinaram a proposta de criação e ainda pertencem à base política do prefeito Eduardo Paes (PMDB).

O vereador que propôs a CPI, Eliomar Coelho, informou que a decisão da Justiça significa um avanço para a harmonia entre a população e a Casa. “Eu acho que é uma decisão muito importante, altamente positiva. Significa estar avançando para resolver esse impasse que existe, esse divórcio entre as ruas e o interior da Câmara. É o desejo das ruas, da cidade. Eles [os membros da comissão] têm de entender isso”.

Segundo o parlamentar, houve muita conversa entre os membros da comissão e a oposição, mas não houve acordo. “Nós [oposição], oito vereadores de cinco partidos diferentes, tentamos dialogar com eles o tempo todo. Mas como não quiseram entender, tivemos de tomar outras medidas. A última alternativa foi entrar com ação na Justiça. Agora, eles precisam apresentar uma justificativa para essa proporcionalidade”.

Ontem ocorreu a primeira reunião da CPI dos Ônibus aberta à população. A sessão foi marcada por troca de ofensas entre os manifestantes, que não concordam com os membros da comissão, e os militantes, que apoiam os parlamentares. Os manifestantes continuam com o acampamento em frente ao Palácio Pedro Ernesto, sede do legislativo municipal e não há reforço no policiamento.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasJustiçaMetrópoles globaisÔnibusRio de JaneiroTransporte públicoTransportes

Mais de Brasil

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU