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Casos de dengue em Jaú podem chegar a 10 mil

A epidemia causou a morte de sete pessoas entre março e abril


	Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue: além das pessoas que não procuraram atendimento, a subnotificação é feita também pelos próprios consultórios e clínicas médicas
 (James Gathany/Wikimedia Commons)

Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue: além das pessoas que não procuraram atendimento, a subnotificação é feita também pelos próprios consultórios e clínicas médicas (James Gathany/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 12h08.

Araçatuba - O número oficial de pessoas contaminadas pela dengue subiu nesta quinta-feira, 8, para 3.223 casos positivos, em Jaú, no interior paulista. No entanto, mais de 10 mil pessoas podem ter contraído a doença e não ter procurado os serviços de saúde.

A epidemia causou a morte de sete pessoas entre março e abril, uma delas por dengue hemorrágica. Vinte duas foram internadas com a forma mais grave da doença, aos menos três continuam hospitalizadas.

"A subnotificação da doença é preocupante porque pode causar sérios prejuízos aos pacientes", diz a enfermeira Leila Garcia Rossi, do Serviço de Vigilância Epidemiológica da cidade.

Segundo ela, além das pessoas que não procuraram atendimento, a subnotificação é feita também pelos próprios consultórios e clínicas médicas.

"Embora seja uma doença de notificação compulsória, podemos contar nos dedos os médicos e laboratórios particulares que fazem a notificação dos casos", diz. Ela estima que pelo menos 10 mil pessoas podem ter adquirido a doença na cidade, de 140 mil habitantes.

Médicos ouvidos pela reportagem estimam que a subnotificação é ainda maior: de aproximadamente 20 mil pessoas. Só na Santa Casa de Jaú, 85 profissionais, entre eles 25 médicos e 30 enfermeiros, contraíram a doença.

"Acho que não chega a tanto (20 mil), mas 10 mil é um número razoável. O problema é que por ser uma doença de contaminação viral, as pessoas acham que podem se cuidar sozinhas e não procuram os médicos. Mas os prejuízos podem ser grandes, pois com remédio errado a doença pode se agravar", afirma Leila.

No entanto, Leila diz que a contaminação está diminuindo. "Pelos nossos números, a epidemia está perdendo a força. Em março de 100 a 200 suspeitos eram notificados por dia. Hoje estamos em 20 por dia", diz.

O último boletim da doença, divulgado nesta quinta-feira, 8, informa que o município tem 3.223 casos positivos e 1.871 negativos. Os casos são confirmados com base nos sintomas clínicos dos pacientes.

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