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Cheques sem fundos atingem 1,83% do total em fevereiro

O total voltou a subir em fevereiro, devido ao maior comprometimento de renda do consumidor

A perspectiva da Serasa Experian é de que os cheques sem fundos aumentem nos meses de março e maio, quando ocorrem os picos sazonais (Stock.xchng)

A perspectiva da Serasa Experian é de que os cheques sem fundos aumentem nos meses de março e maio, quando ocorrem os picos sazonais (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 11h34.

São Paulo - Dos 83,517 milhões de cheques emitidos em fevereiro no Brasil, 1,49 milhão (1,83%) foram devolvidos por falta de fundos. O dado faz parte da pesquisa divulgada hoje pela Serasa Experian, empresa especializada em análise de crédito. O resultado de fevereiro representa alta de 0,13 ponto porcentual em relação a janeiro.

Segundo os economistas da Serasa Experian, o total de cheques sem fundos voltou a subir em fevereiro, devido ao maior comprometimento de renda do consumidor. "Neste período, as compras parceladas no Natal, os gastos nas férias e as despesas típicas de início de ano (IPTU, IPVA e gastos escolares) pressionam o orçamento familiar e abrem espaço para os cheques sem fundos", afirmou em nota a Serasa Experian.

A empresa afirma ainda que a política monetária voltada para o controle da inflação, via elevação dos juros, tem atingido as finanças dos consumidores que usam o cheque especial e o crédito rotativo do cartão de crédito.

No primeiro bimestre de 2011, os Estados com maior índice de cheques devolvidos foram Roraima (10,06%), Maranhão (8,7%) e Acre (6,83%). Já os Estados com menores índices foram São Paulo (1,37), Rio de Janeiro (1,47%) e Paraná (1,51%). No mesmo período, a Região Norte teve o pior resultado (3,79%), enquanto o Sudeste teve o menor índice (1,46%) entre as regiões.

A perspectiva da Serasa Experian é de que os cheques sem fundos aumentem nos meses de março e maio, quando ocorrem os picos sazonais. No segundo semestre, o indicador dependerá da evolução das medidas do governo contra a inflação e do endividamento do consumidor.

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