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Chuva forte e novos temporais são esperados para fim de semana no Paraná

Segundo o Simepar, instabilidade tende a se intensificar neste domingo com a chegada de uma frente fria

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 13 de novembro de 2025 às 21h03.

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Após o tornado que atingiu o interior do Paraná, o tempo no estado continuará instável nos próximos dias, com expectativa de novos temporais a partir do fim de semana.

De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a instabilidade tende a se intensificar neste domingo, 16, com a chegada de uma frente fria que poderá causar chuvas e ventos fortes, e até queda de granizo em várias regiões.

Segundo o Simepar, o calor e a umidade predominantes desde quarta-feira, 12, criaram condições para tempestades isoladas, e que a tendência é de agravamento da situação no domingo.

“No domingo o potencial para tempestades severas se eleva, inclusive em Rio Bonito do Iguaçu, pois a frente fria vai também passar por estes municípios”, detalha Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar

A alteração no clima ocorre em razão da aproximação de uma nova frente fria. Nas regiões Oeste, Sudoeste e na área norte do Paraná, há possibilidade de temporais isolados.

“Já no período da manhã, há uma condição para temporais mais severos, aquelas tempestades que estão associadas a vento forte, alguma queda pontual de granizo, além de muitos raios e chuva forte sobre as regiões Oeste e Sudoeste do Estado. Entre a tarde e a noite do domingo essas tempestades também avançam para as demais regiões do Paraná, inclusive atingindo o Litoral”, detalha Kneib.

O que esperar para os próximos dias?

Na sexta-feira, 14, e no sábado, 15, o interior do Paraná ainda apresenta maior potencial para chuvas. Na sexta, apenas as regiões Sudoeste e Sul estarão em alerta para tempestades isoladas, enquanto o restante do Paraná permanece com baixo risco de condições severas.

“Nas regiões Oeste, Sudoeste e na faixa norte do Paraná há possibilidade de temporais localizados. No Leste, a tendência é de nebulosidade variável e baixo risco para ocorrência de chuva. O tempo segue abafado e as chuvas serão irregulares, ou seja, em alguns momentos podem ser fortes, acompanhadas de alguma atividade elétrica, vento moderado ocasionalmente forte, mas não serão abrangentes. Não vão atingir todos os municípios de uma mesma região”, detalha Kneib.

As tempestades devem continuar durante a madrugada de segunda-feira, 17, e a semana começará com chuvas intensas em diversas áreas do estado, especialmente no Centro-Leste. No entanto, até terça-feira, 18, o tempo deverá voltar à estabilidade em todas as regiões do Paraná.

Estado de calamidade pública

A Defesa Civil do Paraná informou que seis pessoas morreram, duas estão desaparecidas e 432 estão feridas após a passagem do tornado em Rio Bonito do Iguaçu. Dados divulgados pelo órgão apontam que 90% da área urbana de Rio Bonito do Iguaçu sofreram algum estrago na infraestrutura.

A tempestade foi classificada como tornado de categoria F3 com ventos que chegaram a até 250 quilômetros por hora, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

Neste sábado, 8 de novembro, o governador do Paraná, Ratinho Junior, decretou estado de calamidade pública em Rio Bonito do Iguaçu, após a passagem do tornado.

“Decretei o estado de calamidade pública, que nos permite dar mais celeridade aos atendimentos e à liberação de recursos. Já determinei que a Cohapar estude estratégias para a reconstrução das moradias e estamos preparando alojamentos para garantir o amparo às famílias”, afirmou Ratinho Junior, em coletiva de imprensa.

Diferente do estado de emergência, decretado quando o município ainda mantém alguma capacidade de atuação, o estado de calamidade pública é adotado em cenários em que os efeitos do desastre comprometem gravemente a estrutura administrativa local, exigindo uma resposta mais ampla e imediata do poder público.

Com o reconhecimento da calamidade, o governo estadual pode acionar mecanismos emergenciais, como a dispensa de processos licitatórios, a liberação imediata de verbas e a solicitação de auxílio da União.

A medida também permite que as prefeituras afetadas acessem recursos do Fundo Estadual de Calamidade Pública, firmem convênios emergenciais e formalizem pedidos de apoio financeiro ao governo federal.

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