Brasil

CNA cobra compromisso de candidatos com agronegócio

Comunicado é feito quando o PSB prepara o anúncio da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva como candidata à Presidência da República


	Agricultura: setor representa 44,4% das exportações, cerca de 23% do PIB e um terço dos empregos formais do País
 (Scott Olson/AFP)

Agricultura: setor representa 44,4% das exportações, cerca de 23% do PIB e um terço dos empregos formais do País (Scott Olson/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 16h27.

Ribeirão Preto - A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) enfatizou nesta terça-feira, 19, em nota, a isenção política da entidade na campanha eleitoral deste ano, independente "de eventuais mudanças no quadro eleitoral".

O comunicado é feito quando o PSB prepara o anúncio da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva como candidata à Presidência da República, na vaga aberta por Eduardo Campos, morto na última quarta-feira, 13. O anúncio deve ser feito amanhã.

Marina travou, principalmente quando era ministra, duros embates com o agronegócio, representado pela CNA, especialmente na lei de biossegurança que regularizou o cultivo de alimentos transgênicos no País.

No documento desta terça, a entidade não cita o nome da ex-ministra e relata que as posições da CNA estão expressas no documento "O que esperamos do próximo presidente", entregue aos três candidatos mais bem colocados nas pesquisas durante sabatina no dia 6 de agosto. Participaram do encontro, além de Campos, os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

"Eventuais mudanças no quadro eleitoral em nada alteram as posições e demandas expressas no documento. Este encontro foi considerado plenamente satisfatório, por ter mostrado uma grande convergência de opiniões sobre a importância do agronegócio para o Brasil", informa. "Em princípio, todos os candidatos merecem consideração e o que o setor deseja é que todos assumam os compromissos necessários para que o agro continue se desenvolvendo e avançando", completa a CNA.

A confederação pondera, no entanto, que "se, em algum momento, algum candidato exprimir pontos de vista ou prometer ações prejudiciais aos produtores rurais e ao desenvolvimento do agronegócio" irá alertar os associados, federações, sindicatos e produtores brasileiros. "O que desejamos é manter com todos os presidenciáveis, e com o eventual vencedor das eleições, um clima de diálogo e de entendimento, para o bem do País".

A CNA informou, ainda, que acompanhará a campanha, pronunciamentos e compromissos dos candidatos e "irá interpretá-los segundo a visão do agronegócio". O setor, conforme a entidade, representa 44,4% das exportações, cerca de 23% do Produto Interno Bruto e um terço dos empregos formais do País.

Acompanhe tudo sobre:AgriculturaAgronegócioAgropecuáriaEleiçõesEleições 2014Política no BrasilTrigo

Mais de Brasil

PGR defende que Collor vá para prisão domiciliar

Dino suspende pagamento de emendas parlamentares de saúde sem conta bancária específica

Oposição formaliza pedido de CPI do INSS com 184 assinaturas e aumenta pressão pela saída de Lupi