Brasil

Com sete rios na cota de inundação, Rio Grande do Sul tem 6,5 mil pessoas fora de casa

Prefeitura de Porto Alegre fechou três comportas com sacos de areia como medida preventiva nesta sexta-feira

No total, 107 municípios do Rio Grande do Sul foram afetados pelas tempestades, e dez deles declararam situação de emergência. (Divulgação)

No total, 107 municípios do Rio Grande do Sul foram afetados pelas tempestades, e dez deles declararam situação de emergência. (Divulgação)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 20 de junho de 2025 às 19h31.

Última atualização em 20 de junho de 2025 às 19h44.

Com sete rios na cota de inundação, o Rio Grande do Sul tem 6.535 pessoas obrigadas a deixarem suas casas, entre desabrigados e desalojados, segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil, na noite desta sexta-feira. Até o momento, três pessoas morreram em decorrência das chuvas e uma está desaparecida.

No total, 107 municípios foram afetados pelas tempestades, e dez deles declararam situação de emergência. Em Paraíso do Sul, o Hospital Paraíso chegou a ficar sem energia elétrica e água, que já foram reestabelecidos. Os moradores da cidade, no entanto, encontram-se sem acesso ao hospital. Já no município de Rolante, 11 pacientes precisaram ser transferidos da Fundação Hospitalar por causa do risco de alagamento.

No momento, sete rios do estado estão na cota de inundação. Apenas o rio Ibicuí, contudo, encontra-se em tendência de elevação. Os demais, Ibirapuitã (Alegrete), Jacuí (Dona Francisca e Cachoeira do Sul), Taquari, Caí (São Sebastião do Caí e Montenegro), Paranhana Taquara, na Foz do Paranhana) e Sinos (Campo Bom), apresentam tendência de estabilização ou declínio.

Nesta sexta-feira, a prefeitura de Porto Alegre começou a fechar três comportas do sistema de proteção contra cheias como medida preventiva para evitar cheias. Serão fechadas as comportas 11, 13 e 14. Como elas ainda estão em obras, serão usado sacos de areia, chamados de bags:

— Os prognósticos indicam que a cota de inundação não será superada na região do sistema de proteção contra cheias. Ainda assim, pelo fato do posicionamento dos bags ser mais demorado do que o fechamento dos portões, optamos por fazer a operação agora, dando mais tranquilidade aos moradores para o resto da temporada de chuvas — disse o diretor-presidente do Departamento de Água e Esgotos (Dmae), Bruno Vanuzzi.

Os bombeiros e as forças de segurança do estado resgataram 697 pessoas e 134 animais até o momento. Nesta quinta-feira aconteceu a terceira morte no estado. Identificado como Mauro Perfeito da Silva, de 72 anos, ele trafegava entre os municípios de São Leopoldo e Sapucaia do Sul, quando uma árvore atingiu seu carro. No momento do acidente, ele estava acompanhado da filha, de 37 anos, que ficou ferida, mas não corre risco de morte.

Na última terça-feira, uma mulher morreu ao tentar cruzar uma área alagada de carro em Calendária, no Vale Rio Pardo. A vítima foi identificada como Geneci da Rosa, de 54 anos. Um idoso de 65 anos, que também estava no veículo, segue desaparecido, e as buscas continuam.

O carro do casal teria sido levado pela correnteza ao tentar cruzar uma ponte. Inicialmente, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul afirmou que os dois corpos foram localizados, mas corrigiu a informação posteriormente.

Outra morte ocorreu em Nova Petrópolis. A vítima, segundo a Defesa Civil, é um homem de 22 anos que teve o corpo retirado do interior de um carro pelos Bombeiros Voluntários. As circunstâncias do óbito ainda estão sendo apuradas.

Acompanhe tudo sobre:Porto AlegreChuvasRio Grande do Sul

Mais de Brasil

Santuário Cristo Redentor tem a meta de receber 10 toneladas em campanha do agasalho; veja como doar

Moraes libera visitas a ex-assessor de Bolsonaro preso por tentativa de obstrução de Justiça

SP: Justiça dá cinco dias para prefeitura explicar privatização de escolas

TJ-MG abre investigação interna sobre decisão de juiz que soltou condenado pelo 8 de janeiro