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Comissão do Senado pode votar projeto que flexibiliza licenciamento ambiental

Texto, aprovado pela Câmara em 2021, dispensa alguns tipos de atividades da autorização prévia

Projeto está em tramitação no Congresso desde 2004 (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Projeto está em tramitação no Congresso desde 2004 (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Agência o Globo
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Publicado em 7 de maio de 2025 às 08h55.

Senadores da Comissão de Meio Ambiente devem votar nesta quarta-feira, 7, projeto de lei que flexibiliza as regras de licenciamento ambiental no país e cria um novo marco legal para a regularização de atividades econômicas e empreendimentos. O texto já passou pela Câmara e ainda precisará ser analisado pelo plenário do Senado.

O projeto regulamenta o artigo 225 da Constituição e define normas para a concessão de licenças ambientais por parte da União, estados, Distrito Federal e municípios. O novo texto retira a exigência do licenciamento em diversas ocasiões e representa, segundo ambientalista, um risco a unidades de conservação e populações tradicionais.

A lista de dispensa de licença ambiental prevista no texto aprovado pela Câmara está, por exemplo, atividades rurais como a pecuária extensiva, semi-intensiva e de pequeno porte, além de empreendimentos de infraestrutura, como obras de saneamento básico e redes de energia elétrica de baixa tensão. O projeto, que ainda pode ser alterado no Senado, cria ainda o mecanismo da licença autodeclaratória, a Licença por Adesão e Compromisso (LAC), para atender aos empreendimentos que poderão emitir licenças automaticamente, sem qualquer análise prévia de órgão ambiental.

Em tramitação no Congresso desde 2004, o projeto é analisado simultaneamente na Comissão de Meio Ambiente do Senado, onde o relator é o senador Confúcio Moura (MDB-RO), e na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, sob relatoria da senadora Tereza Cristina (PP-MS). Os dois parlamentares têm buscado unificar os textos para que a matéria chegue ao plenário com o menor número possível de divergências.

A expectativa é que seja apresentado um novo texto após as negociações conduzidas nas últimas semanas. Em abril, em entrevista à Agência Senado, Confúcio afirmou que as discordâncias haviam sido reduzidas consideravelmente. O senador criticou a tramitação simultânea em duas comissões, o que a classificou como um entrave para o avanço da proposta. Ainda assim, o relator manifestou otimismo quanto à construção de um texto de consenso.

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