Redação Exame
Publicado em 8 de julho de 2025 às 10h21.
Última atualização em 8 de julho de 2025 às 10h29.
A Polícia Civil de São Paulo iniciou na última segunda-feira, 7, um projeto-piloto para combater o roubo e furto de celulares no estado.
O projeto utiliza número de Identificação Internacional de Equipamento Móvel (IMEI) para rastrear e identificar celulares com restrição criminal reativados por terceiros após terem sido roubados ou furtados.
Por meio do aplicativo Google Localizador, os policiais agora podem, com autorização da vítima, bloquear remotamente aparelhos Android roubados, localizar o dispositivo em tempo real, emitir um alarme sonoro para facilitar a localização e, em último caso, apagar todos os dados do celular.
Essa ferramenta está integrada aos Terminais Portáteis de Dados (TPDs) dos agentes e já está em uso desde julho de 2025.
Mais de 80% dos celulares no estado operam com Android, e o bloqueio remoto impede o uso do aparelho por criminosos e dificulta a revenda no mercado ilegal.
Para os aparelhos iOS, embora o bloqueio remoto não seja possível, outras funcionalidades de segurança, como localização e alarme sonoro, também estão disponíveis para os policiais.
O plano da medida é devolver aparelhos para vítimas. Cerca de 50 pessoas receberam seus aparelhos de volta na capital paulista,
Ação integra um conjunto de iniciativas da Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) voltadas a reduzir os índices de roubos e furtos de celulares.
O programa funciona cruzando os dados dos boletins de ocorrência com informações das operadoras de telefonia, para permitir identificar quando um celular roubado é reativado.
O sistema então emite uma intimação para a pessoa que está em posse do aparelho para prestar esclarecimentos na delegacia.
Caso essa pessoa tenha adquirido o celular sem saber da origem ilícita, pode devolver o aparelho e colaborar como testemunha; caso contrário, poderá responder por receptação, de acordo com a análise do caso.
Segundo o governo, o projeto foi implementado em diversos distritos policiais da capital e da região metropolitana. Foram encaminhados 824 notificações, com 273 pessoas comparecendo às delegacias e 142 celulares recuperados até o momento. A expectativa é que o programa seja ampliado para todo o estado de São Paulo até o final de 2025.